sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

A menina que re-aprendeu a dançar

UMA VEZ ERA... Uma menina que já na idade adulta, represou e oprimiu uma competência criativa e tão intuitiva, quanto aprender a amar: dançar.

E ela abandonou seu par no salão, saiu de fininho, a francesa, adentrou no seu possante e se foi... Não deixou pistas.

A vergonha tóxica de não saber dançar, levou-a ao absurdo do desespero. Na casa dos “enta” e poucos anos, ela, esguia, bonita, elegante, independente, interessante, inteligente e bem sucedida, sucumbiu aos sentimentos da criança que des – aprendeu a dançar. Sim, desaprendeu o que sabia.

Observe que as crianças quando ouvem uma música, bailam ao ritmo desse bálsamo que movimenta seus corpos instantaneamente (quem convive com crianças ou tem uma em casa sabe disso). Por que parou? Por que travou? Onde lá atrás abandonamos as nossas competências mais genuínas e espontâneas?

Revirando o baú das emoções e experiências infantis, encontramos mensagens que instilavam invalidação: “você não é feminina” e você “não sabe isso” e “não é boa naquilo”. E o troféu do amor do pai era a meta a ser alcançada. Mas os aplausos dele promoviam apenas as cenas dela subindo em árvores ou com comportamentos do gênero “tipicamente” masculinos pelo reconhecimento da nossa sociedade àquela época.

Foi desejada como menino, embora fosse uma linda mulher!

E agora? No setting terapêutico, resgata a criança que sabia dançar e pelos salões da vida desfila bailando harmoniosamente, ela e a sua criança, sua criança e ela... Uma vez era... e se uniram outra vez.

Quantos de nós abandonamos o nosso primeiro mestre, a nossa CRIANÇA INTERIOR, quando viramos adultos?

Sugestão de leitura e reflexão:
"Volta ao Lar", de Bradshaw.

2 comentários:

  1. Ei, seja bem vinda ao clube.
    Isso aqui tá me cheirando a muito aprendizado do lado de cá.

    Curti, tá?

    Não para nao.

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  2. Legal Danio, eu sempre escrevi muito, na sexta me deu uma vontade de compartilhar com meus clientes, amigos e quem mais quiser conhecer histórias de gente.

    Valeu o apoio! Adorei sua visita. Se gostou, ajude a divulgar também. Conto com as suas visitas e comentários nobre escritor, pois sabe que o admiro né? Ainda vou melhorar a cara do blog. Estou aprendendo ainda sobre a ferramenta e me familiarizando.

    Neste post, se Sartre estivesse vivo pra comentar, certamente diria: "o importante não é o que fizeram de mim mas aquilo que faço do que fizeram de mim.

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