tag:blogger.com,1999:blog-84921015435439856232024-03-19T01:37:49.596-03:00Uma vez era...Histórias de gente: grande, pequena, no setting terapêutico, no bar, gente amiga, gente distante, real e virtual. Reais, místicas, lendárias, sóbrias e outras nem tanto. Escritas na areia e outras tatuadas no corpo, de gente que viaja, que pula no abismo e outras de opressão. Histórias de contos de fada, de fadas que contam, para dormir, na hora de acordar. De gente que sangra, que ri e de gente que se foi... histórias contadas por uma psicóloga e intituladas pelo seu filho como:”Uma vez era...”Claudia Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/15835524742834117463noreply@blogger.comBlogger52125tag:blogger.com,1999:blog-8492101543543985623.post-15009294124049699082015-05-05T00:43:00.000-03:002015-05-05T13:54:36.044-03:00Em Comida di Buteco e papo de mulher, jiló será sempre jiló<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEge7GpW5LZ3pBUVXzXZDTMB-l21Au8rv9k5IXuLnzV_WNC14nshvDJm7vlIyfOzT2h1LCeUTd_Hu0wj5aukeJFkE-gDzrYZCzvrD9obElsGLvK3BJFbdDaSS3fUq3BfkYYeM-6UjddcXyj2/s1600/comida.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEge7GpW5LZ3pBUVXzXZDTMB-l21Au8rv9k5IXuLnzV_WNC14nshvDJm7vlIyfOzT2h1LCeUTd_Hu0wj5aukeJFkE-gDzrYZCzvrD9obElsGLvK3BJFbdDaSS3fUq3BfkYYeM-6UjddcXyj2/s320/comida.jpg" width="232" /></a></div>
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Nada como a boa e velha conversa com as amigas, essa é sempre uma receita de sucesso. Dessa vez o papo navegou entre a feira de Vigário Geral e suas ofertas imperdíveis de coisas para o nosso lar e bar (sim, gostamos de coisas para o bar de casa também - fetiche antes só dos meninos), até as diversas provas de comidinhas de boteco, trocas de receitas e análises sobre os relacionamentos e suas similaridades com os sabores, aromas e características dos petiscos experimentados.</div>
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<br /></div>
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Depois das várias provas, durante as degustações e entre um bebericar e outro, nossos papos versaram sobre as características dos alimentos para nutrição do corpo e aquilo que alimenta (ou detona) a nossa alma, ou seja, o amor. Esse papo nunca pode faltar entre a mulherada. Somos ridículas intratáveis quanto a esse quesito. </div>
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Solteiras, casadas, recasadas,<wbr></wbr> recusadas, separadas, na coluna do meio ou mesmo carregando um "pau de correnteza" - ver: <a href="http://umavezerahistoriasdegente.blogspot.com.br/2013/12/pau-de-correnteza.html" target="_blank">http://umavezerahistoriasdegente.blogspot.com.br/2013/12/pau-de-correnteza.html</a> , sempre falamos "deles" ou para algumas, "delas", mas sempre sobre o amor, seus sabores e dissabores. E falando de amor, acabamos nos debruçando sobre os nossos pares ou ensaiantes ao cargo ... </div>
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Ô coisa difícil esse assunto de relacionamento! De aspirantes à santo aos filhos da puta assumidos, descobrimos que entre o bom e o ruim há muito mais variação do que podemos supor. Nada nem ninguém é uma coisa só, uma única faceta previsível. E assim, provamos muitos petiscos pela rua afora. Como sardinha e salmão no mesmo prato, pelo mesmo preço, como <span style="background-color: white;">comida a quilo</span>, somos pluralidades na mesma alma, todos nós: nós, nossos "nós " e eles (ou elas).</div>
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A gente estica a prosa e quando percebemos, a prova era de um prato do "Desafio Doritos", servido como uma "guacamole" da cozinha mexicana, só que ao invés do abacate, jiló como ingrediente substituto, para ser degustado junto com o Doritos. Mesmo disfarçado nos diversos temperos, o jiló estava lá amargando a boca da gente... Depois teve um croquete de jiló com rabada, que apesar da rabada super gostosa e apimentada, não negava ao fundo o gosto do jiló. O filho da mãe estava lá, amargo em algum momento. Moral da história é que foi impossível não analisarmos a situação do ponto de vista dos relacionamentos. É aquele negócio, o cara te conheceu traindo a namorada e você fica sabendo dessa graça depois, como confiar no sujeito que traiu a outra? Ele é muito bacana, muitas afinidades, a gente se encaixa, combina mas a porra do fantasma está lá. É difícil acreditar que o sacana se apaixonou perdidamente pelos seus encantos e não vai repetir a dose com você! Isso não é ruim? Mas ele é bom... E aí?</div>
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<br /></div>
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Outra crença que temos é de acreditarmos que vamos converter as opiniões políticas do par ou até mesmo fazê-lo levar uma "vida moderninha e deixar sua menininha sair sozinha" com as amigas para circuitar pelos bares, sem demonstrar uma dose de insatisfação. Será?</div>
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Jiló será sempre jiló, quando não amarga de primeira, no fim você sente amargar, porque esse é o jiló, mesmo que você enfeite, tempere, misture, cubra, frite, asse, esquente, esfrie ou o apresente em diferentes nuances, formas e acompanhamentos, o amargor estará lá e você o sentirá mais cedo ou mais tarde.</div>
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O "x" da questão é que não existe o famoso "par perfeito" e nem o "bem" e o "mal" separadamente, no estilo: essa pessoa é bacana e essa outra não presta. Essa dicotomia não faz parte do ser humano,<span style="background-color: white;"> quiçá d</span>os relacionamentos... O que precisamos sentir é se "deu liga", como as diferenças se encaixam, se o lado amargo dele (e que todos temos) é negociável para você, se você não está esperando que o balconista da farmácia te venda uma peça de filé mignon suculenta... Na farmácia se vende remédio! E é no açougue que se compra carne e ponto. Trata-se de aprendermos mais sobre as nossas expectativas do que sobre o outro. Esperamos coisas que o outro não pode dar ou gostos que não tem o sabor desejado. Sabemos disso mas insistimos em enquadrar o outro nos nossos ideais. Colocamos um óculos cor de rosa para ver poesia onde não há ou amargamos a vida do outro (e a nossa) com as cobranças e gosto de<span style="background-color: white;"> fel,</span>que está em nossa boca. O mergulho necessário é o do autoconhecimento para não transformar a nossa vida em uma autossabotagem sem fim. Aceite o jiló como ele é, ele não pode enganar o seu paladar. A gente é quem tenta fazer isso incansavelmente. Ele é o que é e é você quem espera algo que ele não pode ser.</div>
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<br /></div>
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<i>Osho</i> diz que a nossa felicidade está diretamente ligada às nossas expectativas, eu diria que há até um pouco de matemática nisso, embora não seja uma conta tão racional assim. Por exemplo, se você espera "0" e o placar termina com um "10" você fica super feliz. O troço superou as suas expectativas. O forte do meu par nunca foi o romantismo com flores e longas cartas de amor e não espero isso dele mas vez por outra ele faz, aí sempre me surpreendo e ele leva nota máxima. E isso é maravilhoso para nós dois, que ficamos extasiados! Sem sombra de dúvida, ele sempre foi o meu melhor namorado. Agora, se você espera "10" e o camarada te deu somente "2", isto é, 20% do que você desejava, você fica hiper frustrada e com raiva de receber essa miserinha. Portanto, espere coisas reais de pessoas reais! O outro não é perfeito, nem você é a obra prima infalível, irretocável e única deste universo.</div>
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<br /></div>
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Precisamos lidar com as imperfeições, diferenças e sabores do prato que escolhemos (e muitas vezes gostamos muito) ou então: "garçom me vê o cardápio aí, troca meu prato que eu não gostei desse, afinal jiló não dá pra mim." Mas para outras, é um bom acompanhamento para a cervejinha não ficar solitária. E também conheço gente que ama jiló de verdade. Eu prefiro a cerva sozinha do que comer jiló. Tem sabores para mim que são inegociáveis...</div>
<div dir="ltr" style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
<br /></div>
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O meu par por exemplo, tem uma pitada de conservadorismo, aliás ele carrega consigo alguns "ismos" irritantes (um certo machismo, gotas de moralismo, saudosismos que elevam questões da nossa geração como sendo a melhor época, com os melhores valores), que entram em rota de colisão com o meu lado progressista, apesar da nossa <span style="background-color: white;">safra </span>pertencer a mesma geração. Vivemos a juventude nos deliciosos e famosos anos 80, quando transgredir significava matar aula para ficar com o namorado ou aparecer em casa grávida em plena adolescência. Geração coca-cola total. Hoje a juventude vive o<span style="background-color: white;"> poliamor </span>e ele não consegue aceitar isso. Ok ok, às vezes eu também não entendo muita coisa mas tento aprender os valores dessa geração. Apesar de ter feito loucuras na casa dos 20, hoje ele tem um lado retrô charmosérrimo passeando comigo devagarzinho em sua <i>Harley Davidson</i> estradeira que tanto curto, seu capacete <i>old school</i> personalizado com óculos (tipo aviação) e um certo jeitinho tímido e careta que eu tanto amo. Ele é plural e o conjunto da obra muito me agrada. Por vezes ele é intransigente com as suas convicções mas também ele é aquele que está junto "pro que der e vier", igualzinho a música do Geraldinho Azevedo. Apesar de não ser muito romântico, é extremamente carinhoso e gentil e, vez por outra me faz algumas surpresas. Mesmo quando estou com os cabelos desgrenhados e toda desarrumada, ele arruma um jeito de dizer que estou linda e de reafirmar todos os dias, de tantas formas, o quanto me ama. Isso tem preço? Não tem, é impagável. Cuida de mim e dos nossos filhotes lindamente mas é um bagunceiro de primeira. Não cozinha mas é o melhor ajudante de cozinha que já conheci. Ele gosta que eu seja a <i>chef</i> e elogia todos os meus pratos, por pior que sejam rsrs. Gosta mais do dia como eu mas quase sempre bagunça minhas noites de sono (e eu adoro). Apesar de não ser vaidoso, é um gato ao natural. Enfim, ele é lindo como é e o meu número. E eu o amo tanto!!! Com tudo isso, seus defeitos tornam-se quase insignificantes para mim. Mas de vez em quando marco meus territórios impenetráveis e inegociáveis!</div>
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<br /></div>
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Eu curto cerveja e vinho. Ele só toma vinho. Tomo a cerveja com as amigas e bebo o vinho com ele. Compartilhamos bons jantares feitos por nós, altos papos e muitas risadas, porém nunca bebemos na mesma taça e isso é bom, acho. Gosto do nosso encaixe sem sobreposição. Às vezes meu príncipe vira um chato mas do que posso reclamar? A bela aqui, vira uma fera de vez em quando. Um monstro mora em mim e às vezes acorda. E ele, quando não o beijo docemente, adormece e se transforma em sapo. Então, nessas horas, ele acaricia a fera e eu beijo o sapo. Temos o nosso lado "feio" e estamos sempre aprendendo a conviver com essas versões de nós mesmos.</div>
<div dir="ltr" style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
<br /></div>
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Pois é, já a minha mãe não deu essa sorte, meu pai era um galinha clássico, aqueles de carteirinha que tem escrito na testa: pego geral. Arf! Odeio isso, não consigo confiar em homens que olham para todos os rastros de saia que passam a sua frente. Meu pai beijava poste que tivesse cabelo comprido. Ô coisa patética, ele não podia ver mulher. Em contrapartida tinha um bom humor contagiante, um sorriso fácil (que herdei dele) e um jeito <i style="background-color: white;">bom vivant</i> de levar a vida. Porém, há mulheres que toleram a traição e a naturalizam do mesmo modo que eu rio e brinco com o meu marido quando ele reclama do meu vestido supostamente transparente, troco a calcinha por outra de tom mais escuro e saio bela e faceira com o mesmo vestido. Simples assim! </div>
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<br /></div>
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E homens (ou mulheres) que são alérgicos a trabalho? Ai. Meu. Deus. Desses eu saio correndo. Não importa quanto ele ganhe, importa é que não seja um encostado ou filhinho da mamãe. Porque não está fácil pra ninguém e é bom que cada um corra atrás do pão de cada dia. Minha mãe também deu azar nisso, meu pai era desses que detestava trabalhar, era sempre chamado de "garoto grande", estilão <i>Peter Pan</i>, daqueles que nunca crescem. E apesar de não corresponder as minhas necessidades e expectativas de filha, enquanto ele viveu recebi pelo entregador de flores todo dia 30 de novembro de cada ano, um estonteante buquê de rosas, acompanhado de um cartão com belas palavras e finalizado com um "eu te amo". Adorava isso! Ele era assim... Ele mesmo! Ele já se foi mas essas flores ficarão em minha memória para sempre.</div>
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<br /></div>
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Já a minha mãe, apesar de jamais ter ouvido dela um "eu te amo", cuidava da nossa saúde, estudos e toda a logística que envolve os cuidados e a proteção dos filhos. Gratidão total apesar de todas as nossas diferenças.</div>
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<br /></div>
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Bem, pra quem gosta de cinema como eu, vale assistir<span style="background-color: white;"> "Relatos selvagens", filme argentino e espanhol, de 2014, e <i>"Crash"</i> (No limite ou colisão), filme estadunidense e alemão, de 2004. </span><span style="background-color: white;">A</span>mbos os filmes mostram as nuances de gente de verdade, que assim como nós, não separam em suas histórias o bem do mal, mas são facetas de uma mesma pessoa. Somos capazes de muito mais (ou muito menos) dependendo das circunstâncias, contextos e momentos de nossas vidas. Porque vida e morte moram na mesma alma, assim como bem e mal não são forças opostas mas habitam o mesmo lar, pertencem a uma única vida. Os encontros com outras vidas é que revelam muito de nós mesmos.</div>
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<br /></div>
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Eu começo as minhas histórias sempre com cartão verde. Minha mãe sempre disse que isso era errado, que não se deve abrir a guarda no início. Mas eu sou assim e gosto de confiar e acreditar que o mundo é bom, mesmo na minha versão 4.1. tenho um lado<span style="background-color: white;"> <i>Polyanna</i> </span>que gosto de preservar. Para quem não conhece, <i>Polyanna</i> é um clássico da literatura infantojuvenil que conta a história de uma menina de 11 anos, que após perder o pai, foi adotada. Em seu novo lar, passa a ensinar as pessoas o "jogo do contente", aprendido com o pai. A brincadeira consiste em extrair o melhor e o lado positivo de todas as situações, mesmo nas piores experiências.</div>
<div dir="ltr" style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
<br /></div>
<div dir="ltr" style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
Lógico que se ficar difícil e houver falta, eu puxo o cartão amarelo! Mas, às vezes mostrar o cartão vermelho é necessário nos relacionamentos amorosos. Expulsão também pode fazer parte do jogo. Porque tem coisas, como diz uma amiga amada, que eu "NÃO SOU OBRIGADA! ". Ela tem razão e deveria patentear isso. Adooooro!</div>
<div dir="ltr" style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
<br /></div>
<div dir="ltr" style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
Cada um sabe o seu paladar, conhece os seus limites, isso é bom, não é?</div>
<div dir="ltr" style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
<br /></div>
<div dir="ltr" style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
Nesse circuito de boteco em boteco, a moela e a inovação do cachorro quente de língua não deu pra encarar não. Nem me atrevi, a essa altura da minha vida, já sei o que não suporto.</div>
<div dir="ltr" style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
<br /></div>
<div dir="ltr" style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
E enquanto a conta não vem, a saideira, garçom! <span style="background-color: white;">Porque jiló vai ser sempre jiló, moela vai ser sempre nojento (pra mim) e língua eu não como de jeito nenhum,apesar do conjunto da obra do prato. </span>Assim, cabe-nos saber o que gostamos, aceitamos, negociamos e rejeitamos. Quando não desce, não dá pra forçar a barra. Tem coisas que nosso estômago não aguenta, dá um revés, vomitar é quase uma regra ou você pode ter uma grande indigestão!</div>
<div dir="ltr" style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
<br /></div>
<div dir="ltr" style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
Ah sim, no dia seguinte a esse circuito, fiquei enjoada com a farra de gordureba e jiló. Ainda sinto o gosto amargo em minha boca... Precisa ser assim? Porque "não importa o tamanho do boteco mas o sucesso da receita". E a receita (de tudo), sempre será uma mistureba de ingredientes, igual a gente, que é gente de verdade!</div>
Claudia Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/15835524742834117463noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8492101543543985623.post-56644345952420239842015-02-21T15:22:00.001-02:002015-02-21T15:29:24.359-02:00Bem sim, bem louca...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheQ6Hug4iwDYe6szZqUb9W5GhWZDOk48j8Zhtr2SAHDGUw8kDaATGD3KQe8gfCBg4AAG4UKR8rzHpOdxAbCaNcET5Lo7fUUGA9aw9QhC_AM1s8lEqCfnMsBHZfyzZbJsiFOaH_r7peFCec/s1600/arvore_espirais.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheQ6Hug4iwDYe6szZqUb9W5GhWZDOk48j8Zhtr2SAHDGUw8kDaATGD3KQe8gfCBg4AAG4UKR8rzHpOdxAbCaNcET5Lo7fUUGA9aw9QhC_AM1s8lEqCfnMsBHZfyzZbJsiFOaH_r7peFCec/s1600/arvore_espirais.jpg" height="267" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Era um dia como outro qualquer e biriblim, entra uma
mensagem pelo <i>whatsapp</i>. Era de uma
amiga: “E aí, você tá bem?”. Respondo sem pensar: “Tô bem sim, bem
louca!”. Quase não me dei conta do excesso de sinceridade que me acometeu.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Em tempos de análise, crise por falta d´água, colapso
político, perdas econômicas, amadurecimento pós 40 e mais uma lista infindável
de trágicos acontecimentos (aumentados da minha parte dramática é claro), eu
deveria encontrar o meu eixo, ou melhor, eu deveria ter um eixo, só que não.
Ando cada vez mais pirada, louca e desequilibrada. Envelhecer, viver a vida
acontecer virou sinônimo de
enlouquecimento.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Cansada da existência, levanto e caio, levanto e caio,
levanto e tropeço, claudicante sigo, consigo, às vezes não. Há, por vezes, vontade de desistir, mas continuo. Não é bom?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Hoje em dia parece que anunciar nas redes sociais que se está vivendo e fazendo coisas vale mais
do que o que se vive. Como se satisfaz com a vida virtual? Como tanta gente faz,
em tempos onde posar para postar é o que realmente importa. Babaquice pura?!
Vaidade?! Competitividade?! Exibicionismo que se complementa pelo voyeurismo?!
Que fenômeno absurdo seria esse?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Clarice Lispector escreveu certa vez que “uma pessoa podia
gastar-se sendo apenas”. Pronto, me sinto gasta, queria ter escrito essa frase,
seria facilmente de minha autoria mas não foi. Me contento em reproduzi-la. Amo
Clarice, ela sempre traduz a minha alma.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Esgota sentir, ser, cara na vida, vida na cara, deve ser por
isso que as pessoas desenvolvem uma segunda vida nas redes sociais. Hoje tenho
preguiça de existir e tenho também preguiça das pessoas, tô gasta. Ao contrário da maioria, não tenho saco para as redes sociais embora a utilize esporadicamente. Vai entender?! Há medo mas
também esperança. Reclamo com a vida da vida. Ainda a desejo apesar dos pesares.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O problema também é que faço muita besteira, sou
literalmente uma “merdeira”, tenho uma existência tão errada que até as
besteiras me acham besta. Isso me gasta ainda mais, pois vivo me desculpando, me
reparando, me consertando com a vida. Não é chato isso?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Já tive sorriso mais fácil e vívido, agora ele me vem mais
difícil e até opaco, deve ser a idade. Poucos velhos tem um sorriso límpido e
aberto. Nesse ponto tenho vontade de ser como era antes. Tenho a impressão corriqueira de que não falo coisa com coisa. Falo coisa com gente, vejo gente com coisa. Escrevo sem pensar. Se pensar muito, apago tudo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Ter um filho é viver vigilante e sobressaltada. A gente fica
magra e nervosa ou então gorda e nervosa, mas sempre nervosa. É a natureza das
mães, acho. A gente sempre tem medo que aconteça o pior. Leva o casaquinho, se
comporta, presta atenção, juízo, não mexe em nada, não mergulha no fundo,
escova os dentes, coloca o chinelo e etc e tal. Deve ser o medo das mães que
protege os filhos. Não conheci até hoje nenhuma mãe que não tivesse medo. Todas
são apavoradas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Estou inquieta, indecifrável. Sempre quis um homem que me
entendesse e que me explicasse. Por vezes não gosto da explicação agora que o
tenho. Ele me acha louca, penso. Mas creio que deva me amar assim mesmo. Isso também é bom, não é? Devo ser complexa e complicada demais. Nem eu me aturo. Há desconforto em
viver, sinto esse desconforto como se procurasse uma posição que me trouxesse
apenas: paz. Sempre fui assim, sem paciência, sem paz interior. E isso é uma
merda! Às vezes tenho vontade de meditar, mas não sei como se faz.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Morte e renascimento fazem parte de mim mas tem horas que só
a redenção ao silêncio me conforta. Então calo-me, escuto-me. Adianta porra
nenhuma para conquistar a paz interior. Continuo embaralhada e embarulhada por
dentro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Desde sempre fluo instável, coisa ruim de se admitir! Quase
sempre penso na morte e por vezes (muitas) desejo encontrá-la e é aí que começo novamente a travar uma luta
contra ela. No ímpeto de viver, como de costume, claudicante vou seguindo. Vida, morte, vida, morte...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Sobrecarregada de mim mesma penso: passa rápido tempo! E
coloca as coisas no lugar. Que lugar?Aproveita e leva contigo essa sensação de
sufocamento. E, quando estiver tudo bem, tempo, que você passe bem devagar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E assim sigo bem, bem louca!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Claudia Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/15835524742834117463noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8492101543543985623.post-54887162519299495112014-05-15T12:27:00.000-03:002014-06-12T13:07:15.000-03:00Apartamento com varanda<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQ64ekKi9ihjs31uXkjTo_WMOjdivY43xgWc7wKdmIZjPM5OTK_MKgpkyszieRhT5zm-wpkOvITjHDeRGFkkTCEieBZVDLItZovopzqjAw-1zXy_mN6C-DzWdeJbP30dplh6CYsWqpFzX4/s1600/unnamed.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQ64ekKi9ihjs31uXkjTo_WMOjdivY43xgWc7wKdmIZjPM5OTK_MKgpkyszieRhT5zm-wpkOvITjHDeRGFkkTCEieBZVDLItZovopzqjAw-1zXy_mN6C-DzWdeJbP30dplh6CYsWqpFzX4/s1600/unnamed.jpg" height="281" width="320" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
O amor surge dos avessos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Avesso à morte, ao egoísmo, à
solidão.<br />
<br />
Ele morre sim mas para renascer mais pleno e forte, quantas vezes forem necessárias.<br />
<br />
O amor quer solicitude, doçura,
sorte, altruísmo, oração, coração.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ele é avesso à negatividade e à impossibilidade da tentativa de sua recusa ou inexistência.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O amor urge dos avessos. Às vezes
se manifesta às avessas, próximo à loucura, sem leis, sem limite.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ele é avesso à ordem, à
disciplina, ele é travesso.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O amor se move pelo avesso.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ele é avesso às definições,
porões, ele é livre e imprime-se soberano, sem plano, sem panos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ele é desrazão, pura emoção.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O amor faz casa nos avessos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ele aparece nos versos,
transversos, belos, inteiros, insuficientes, com beijos, abraços, olhares,
amassos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O amor apenas surge, urge, ele não
precisa de afirmação, interrogação, ele é e está lá. Ele fica, é pra sempre.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O amor nos vira do avesso.<br />
<br />
"O amor é a poesia dos sentidos", disse Balzac. E não é que sentimos todos os nossos sentidos como se fossem poesias?<br />
<br />
O amor precisa de futuro, gosta de contar histórias do passado e a vida agradece esse presente! </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span style="text-align: justify;">O amor acontece nesse meio tempo
entre um pedido de casamento, um amor de adolescência, risos e olhares, um tempo distante e um para sempre eterno, num
apartamento com varanda.</span><br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Claudia Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/15835524742834117463noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8492101543543985623.post-52952671913274497502014-03-15T20:15:00.000-03:002014-03-15T21:41:43.370-03:00Transfigurada<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEit4HupE0V4dL6c_oJ0XO7ZqL1PlZCYMRTsGeu8YllFuT1Xkrahf3tt3jlNonrQ7sRiXNZ-J9lPVrY1RiTTjf8O9gq8rDhNrY8r3U6PEO-7Tl11iMEhimnOXTbG0e2VqDuePZGCpcFWkYTE/s1600/o-amor-nos-salva-da-vida.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEit4HupE0V4dL6c_oJ0XO7ZqL1PlZCYMRTsGeu8YllFuT1Xkrahf3tt3jlNonrQ7sRiXNZ-J9lPVrY1RiTTjf8O9gq8rDhNrY8r3U6PEO-7Tl11iMEhimnOXTbG0e2VqDuePZGCpcFWkYTE/s1600/o-amor-nos-salva-da-vida.jpg" height="320" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sim, encontrei com a morte faz
pouco tempo, cabelo esvoaçante, usando um jeans rasgado, camiseta branca bem informal, parecia despretensiosa, mais tranquila e terna do que eu poderia supor,
porém, misteriosa e sorrateira, ela me disse: estás transfigurada!!! Quem eu?
Eu? Por que?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
Eu nunca me senti tão bem quanto
nos últimos tempos. Como assim? Visita inoportuna, fora de hora, achei.</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
Logo você morte, vem me dizer
isso! </div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
Sim, transforma-se todo o ser que encontra
vida nova, outra vida, vida reencontrada!</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
O que houve?</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Você mudou de feição, de figura,
de conduta, de perspectiva, transformou tudo, estás até com a aparência
alterada, transfigurou-se ué! Mais bonita, com o coração mais redondo, parece bater mais forte
agora, vejo-o sob o relevo do teu peito. Sim vejo, nitidamente, está bem
diferente, ampliado. Sim, percebo reluzir os olhos, a pele, o sorriso. Nasceste de novo, perguntou a
morte?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Não gosto de conversar com ela,
mas gosto dos enunciados desta conversa, continuo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Porra, devo estar louca neste
diálogo com a morte, só loucos conversam com a morte. Teimosa, continuo mesmo
assim...</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Ouço seus prenúncios, quero saber
mais sobre esse pedaço de vida bom! Diga aí, por que parou pra conversar
comigo?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Putz, rapidamente me arrependo,
coloco a mão na cabeça e penso rápido. Puta-que-o-pariu! Já sei, não tô louca,
morri, é isso! Não quero continuar esse papo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Eis que a morte chega mais perto
e, carinhosamente me abraça e diz bem de mansinho perto do meu ouvido:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Minha cara, algo em você morreu
para que boas novas pudessem nascer em sua vida. Você enfim se encontrou com
as mãos vazias, com sentimentos mortos, comportamentos exterminados, processos
em falência e lágrimas derramadas pelo luto de tudo e de quem se foi. Nada
disso te servia mais. Enfim você desapegou-se, morreu, largou tudo para trás ou deixou tudo seguir seu fluxo, para nascer, sem razão, novamente. Desrazoável enfim, você renasce num
reencontro e o amor nasce neste encontro. Encontro com quem? Perguntei à morte.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Ela responde prazerozamente: com
a vida meu bem. E ela continua:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Se alguém penetrou de mansinho em
sua alma e te fez viver os seus melhores poemas imaginados, você nasceu, enfim, pra vida novamente.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Se você acordou surpresa por
querer dar o melhor de si a alguém, você amou de novo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Se esse amor trouxe calma e
frescor para sua alma cansada, você renasceu espiritualmente.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Se você é acolhida em seus
ataques mais obscuros de fúria e medo (sejam eles revelados ou não), você
encontrou quem realmente te quer bem.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Se alguém te aceita mais em suas
indagações, em seus devaneios, defeitos e feitos, do que você mesma, você
encontrou enfim, o amor da sua vida.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
E a morte disse, abraçe-o, apenas viva isso e tudo que você sempre buscou, te encontrará. Desta
vez, não mande a morte e nem o amor ir embora por sentir medo, apenas deixe morrer em você tudo que não pertence a
sua transfiguração atual, às suas mudanças e metamorfoses necessárias. Porque sobre o amor e a morte há mais mistérios do que a nossa compreensão pode alcançar. E ela
continua: somente quando encaramos a morte (de algo em nós, alguma coisa ou de alguém em
nossas vidas), é que realmente vamos pra vida!</div>
<div align="left" class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal">
<i>“Senhoras e senhores<br />
Trago boas novas<br />
Eu vi a cara da morte<br />
E ela estava viva<br />
Eu vi a cara da morte<br />
E ela estava viva - viva!”</i></div>
<div align="left" class="MsoNormal">
Cazuza</div>
<div align="left" class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/EPuH2jzD6io?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div align="left" class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div align="left" class="MsoNormal">
<br /></div>
Claudia Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/15835524742834117463noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8492101543543985623.post-40456627540796553412013-12-19T23:14:00.000-02:002013-12-20T00:01:15.995-02:00Pau de correnteza<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBiA3v008Rk5CiZVbWbwZPNQ2W59vzbyOfNx1Yktu-gAya_W9fZ1di76vYfDhwAXdwwnUwPT9bsceUKb_LygnHGrp8zk91S_tmGwyc-JEiIU8K8IK8cx9C8ofqgmycYBYeu1RQ0ZGWPxdD/s1600/pau+de+correnteza.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBiA3v008Rk5CiZVbWbwZPNQ2W59vzbyOfNx1Yktu-gAya_W9fZ1di76vYfDhwAXdwwnUwPT9bsceUKb_LygnHGrp8zk91S_tmGwyc-JEiIU8K8IK8cx9C8ofqgmycYBYeu1RQ0ZGWPxdD/s1600/pau+de+correnteza.jpg" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 150%; text-align: justify;">Tomando algumas geladas </span><i style="line-height: 150%; text-align: justify;">cuasamigas</i><span style="line-height: 150%; text-align: justify;">, entre versos e protestos
sobre o mundo masculino, uma delas me solta a seguinte sentença estrondosa e
hilariante: “OLHA, PAU DE CORRENTEZA EU NÃO QUERO MAIS!!! CHEGA DE PAU DE
CORRENTEZA NA MINHA VIDA!!!”</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Pau de quem??? Quêeeeee? C.A.R.A.L.E.O. <i>What´s porra is
that</i>???<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 150%;"><br /></span>
</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 150%;">Eu nunca, grife-se, eu nunca tinha ouvido falar essa frase, esta expressão.
Aliás eu não, todas nós na mesa do bar. E eu fiquei com a frase dela ecoando na
cabeça: “Pau de correnteza nunca maissssssss”.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">O que seria isso? Ai. Meu. Deus. O que seria esse ser
denominado “PAU DE CORRENTEZA”? Eu deduzi, imaginei mas queria saber mais. Que
descoberta incrível aos 40 anos!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">O tema da mesa de bar passou a ter apenas um foco: O PAU DE
CORRENTEZA. Queríamos, todas, saber mais sobre as características e o comportamento
de um pau de correnteza ou “do pau de correnteza”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">O que é para uma mulher (ou um homem), ter um pau de correnteza
na sua vida?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Bem, senão vejamos, “é como ter um nada” ou melhor, um pau
apenas, na sua correnteza.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">E ela prosseguiu. O pau de correnteza é como ter um ser “ao
seu lado” (muitíssimo entre aspas, porque ele fica só figurando), “que se
encosta e fica” (<i>caraí</i> ela encenou a situação, fez de conta que era um pau de
correnteza encostando-se sorrateiramente e encaixando devagarzinho e quietinho em meu ombro e depois ficando imóvel, e eu, eu, logo eu que tenho uma
mente putamente fértil, fiquei imaginando a cena e rindo horrores com o
depoimento dela). E ela ainda finalizou: entendeu amiga???<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Que papo doido e engraçado! Eu ri até chorar, lógico. Mas continuando sobre o pau de correnteza,
por não ter uma função, uma atribuição própria, o pau de correnteza atravanca o
fluxo das suas águas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxxHqFL2MS4oFO0ICywXKKLCD7GXjbb7c3FMYc2p7D_joefjE5PrOtC2Ccn3S-aCtL49IsMEsCsorF7hjzPPR8CkSIRgFlY2E9Z_P4oz3t4iOkYL3OO5BwstTrCzNPSzTUxkuNNxXlEGz4/s1600/pauz%25C3%25A3o+na+correnteza.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxxHqFL2MS4oFO0ICywXKKLCD7GXjbb7c3FMYc2p7D_joefjE5PrOtC2Ccn3S-aCtL49IsMEsCsorF7hjzPPR8CkSIRgFlY2E9Z_P4oz3t4iOkYL3OO5BwstTrCzNPSzTUxkuNNxXlEGz4/s1600/pauz%25C3%25A3o+na+correnteza.jpg" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Este “ser existente” não só não soma, como faz marola contra
o fluxo, ou seja, atrapalha <i>pacarai</i>. Ele propicia o acúmulo de lixos e dejetos
que descem rio abaixo. Ele ocupa espaço indevidamente, te intoxica, atravanca os seus caminhos, interferindo na
fluidez da sua vida. Ele incomoda mas parece não estar nem aí pra isso. Sem o
menor pudor (um pau totalmente despudorado e profano), se sentindo, sem sentido
e sem dar o menor sentido a sua existência, cola em você.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">E, essa mesma amiga, inspiradérrima por sinal, como sempre, finaliza com
um <i>post</i> que ela leu em algum lugar: “E quer saber, agora o meu <i>status</i> é
carreira solo com algumas participações especiais!”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlN7BRX3oYmXLcUH0HzezB1EveNzrskMvsNVYkTlRRGx80qI9iFgX7u73VSJt9YsVYvamKrpYQfjaWMrQGxDLAXxtQe2CT7GvXJT23HD-nKqVDg9ypKk9w5GlZBunP7oP5HOAL8HduSThm/s1600/carreira+solo+com+participa%25C3%25A7%25C3%25B5es+especiais.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" height="258" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlN7BRX3oYmXLcUH0HzezB1EveNzrskMvsNVYkTlRRGx80qI9iFgX7u73VSJt9YsVYvamKrpYQfjaWMrQGxDLAXxtQe2CT7GvXJT23HD-nKqVDg9ypKk9w5GlZBunP7oP5HOAL8HduSThm/s320/carreira+solo+com+participa%25C3%25A7%25C3%25B5es+especiais.jpg" width="320" /></span></a></div>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">A.D.O.R.E.I!!! Qualquer
semelhança não é mera coincidência.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Enquanto a nossa dupla amorosa não nos encontra (sim, porque
somos um achado né?), o <i>status</i> acima é infinitamente melhor do que ter ao lado
um pau de correnteza!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Por um mundo com menos pau de correnteza e mais participações
especiais!!!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"> <o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Claudia Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/15835524742834117463noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8492101543543985623.post-68982270958483706532013-10-31T20:46:00.001-02:002013-11-02T08:04:21.547-02:00Porque toda mulher é uma bruxa...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-8lnoo2k49m_au7pIvn5DBhW8OCmFVAHt1Ra-jPrJ4c6Ii-S3Ciedrr0zT_0e4RO_cIUhJ0A3Es18qtW1kbf7tHgFGnbWfnqiYHt3OyW2PMaGbTlgxA8yHJ-iAVSGsx9qT7TZff2gTajs/s1600/bruxa+(1).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-8lnoo2k49m_au7pIvn5DBhW8OCmFVAHt1Ra-jPrJ4c6Ii-S3Ciedrr0zT_0e4RO_cIUhJ0A3Es18qtW1kbf7tHgFGnbWfnqiYHt3OyW2PMaGbTlgxA8yHJ-iAVSGsx9qT7TZff2gTajs/s320/bruxa+(1).jpg" width="264" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Bruxas, travessuras, gostosuras, fogueiras e revolução...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Estava
pensativa fazendo musculação logo cedo na academia e um professor (figuraça) me
abordou e disse com um sorriso: PARABÉNS PELO SEU DIA!!! De pensativa passei à
reflexiva e desta para intrigada. Acho que vários pontos de interrogação
saltaram dos meus olhos. Ai. Cacete! Ando tão distraída... Que dia é mesmo
hoje??? Vejamos, dei uma vasculhada no arquivo da mente, dia das mães? Não! Dia
da mulher? Já passou! Dia do psicólogo? Foi em agosto. Ai, meu aniversário? Mês
que vem, não, não, não! Que dia é mesmo hoje? Nos meus arquivos nada conferia
com algum dia que fosse digno de um parabéns... Perguntei levantando as
sobrancelhas de lado: “Pelo que mesmo hein???”. E ele engraçadinho e realizado,
um cara um tanto burlesco, disse: FELIZ DIA DAS BRUXAS!!!</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Puta que o pariu!!! Como podia ter esquecido? Que elogio! Dia das bruxas né
menino? Hoje então é comemorada a festa pagã, conhecida internacionalmente por
Halloween. Na versão original não tinha relação com as bruxas, mas os
significados foram se mesclando, atualizando e hoje tem basicamente duas
origens. A origem pagã do povo celta, que tinha como objetivo prestar uma homenagem aos
mortos. Para os <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Celtas" title="Celtas"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">celtas</span></a>, o lugar dos
mortos era um lugar de plenitude, aquela dita felicidade perfeita, onde não
haveria fome nem dor. E, a versão cristã, chamada All Hallow’s Eve (Vigília de Todos os Santos), que começava
no dia 31 de outubro e ia até 1º de novembro, até ser denominada atualmente de "Halloween".</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A atual celebração da festa de Halloween, pode ser
identificada com características de folclore acerca da bruxaria. Fantasias de
bruxas, adereços vinculados à morte, monstros, abóboras, fantasmas, esqueletos,
aliás, todos os nossos fantasmas e as fantasias que povoam as nossas mentes
foram acrescidos à ornamentação da festa.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E como tudo se atualiza a se mistura como podemos ver na
história do “Dia das Bruxas”, ao invés de bater de porta em porta dizendo <i>“trick
or treat?”</i> (travessuras ou gostosuras?), para ganhar doces e balas em troca de
nada aprontar contra meus vizinhos, estava
eu então pensando em sair às ruas hoje a noite, com aquele vestidinho preto
básico e <i>sexy</i> e um chapéu de bruxa, exigindo cervejas e petiscos e, em caso de
não receber, farei travessuras. O que acham? Rsrsrs.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Ah mulheres... Então, voltemos às bruxas. E as bruxas?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Apesar da expressão “Dia das Bruxas” ter sido adotada como
uma tradução do Halloween, há uma ligação com a feitiçaria que ganhou força na
Europa na Idade Média. Nesta época, as mulheres que colocavam em prática sua
sensibilidade, sabedoria e intuição (e diga-se de passagem os livros "perigosos"), através de soluções alternativas para
todos os males, pelo bem da sua comunidade, eram tidas como praticantes de “magia”
e, foram intensa e violentamente perseguidas e lançadas nas fogueiras. Já no
século XX, a expressão "caça-às-bruxas" adquire uma expressão
política, em que os EUA perseguiam
toda e qualquer pessoa que julgassem ser comunista.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Que mulher nunca lançou mão das suas “magias”? </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Que mulher
nunca desejou uma ideologia política que promovesse uma sociedade igualitária? </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Que mulher nunca curou a dor de um filho com seus mágicos beijinhos? </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Que mulher
nunca enfeitiçou um homem (ou outra mulher) com poderes misteriosos, os quais
ele (ou ela) jamais compreendeu? </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Que mulher nunca usou as suas habilidades e forças ocultas para
conquistar algo que a desafie por trás do fogo? </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Que mulher nunca colocou a sua vassoura no nariz de outra bruxa para mostrar o seu poder à concorrência?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Que mulher não
dá sempre à sua vida aquele toque mágico, especial, ininteligível para se fazer
insubstituível em cada ato da sua existência? </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Que mulher não possui mil faces e
fases secretas para revolucionar o mundo? </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Que mulher não desafia a razão o
tempo inteiro? </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Que mulher não é uma bruxa desde a hora que abre os olhos ao
amanhecer até a hora de dar tchau com os seus cílios ao cair da noite? </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Feliz “Dia das Bruxas” mulherada”!!! E viva a magia de ser
mulher! </div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/PeeO4O42cao?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br /></div>
Claudia Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/15835524742834117463noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8492101543543985623.post-44216947076619161302013-10-03T00:59:00.000-03:002013-10-03T02:13:05.887-03:00Texto da madrugada<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYnL2L4rnpW17qhbCoI5b4m08ny41Yy_b81n4hCwBiCp28ez-cqpCGL4tL3kG7Cgi8FSm6Kp-WqUHeSh5vArJgV7VOcGK76B9uqce5bLxZmBc2NTXllZ0cKpUQ2U-tug0fRIGD6hNEMgvW/s1600/images+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="292" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYnL2L4rnpW17qhbCoI5b4m08ny41Yy_b81n4hCwBiCp28ez-cqpCGL4tL3kG7Cgi8FSm6Kp-WqUHeSh5vArJgV7VOcGK76B9uqce5bLxZmBc2NTXllZ0cKpUQ2U-tug0fRIGD6hNEMgvW/s320/images+%25281%2529.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Sons imprecisos, história sem definição, sem acordos ou acordes harmônicos, acordo
sobressaltada na madrugada, pensamentos cortantes, chocantes, vibrantes, memórias atravessadas, estilhaços de sentimentos, afetos que me afetaram, amores,
escritores, professores, sonhadores, dilacerados, raros, aflitos, infinitos,
partidos, rendidos, fundidos, fodidos, delitos, retalhados, maculados, escondidos, segregados, escritos, não ditos. Lutas internas e externas. Silêncio...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Olho tudo pelo retrovisor, torpor, acelero, sigo em frente,
será? Antoine disse em Pequeno Príncipe que “quando a gente anda sempre pra
frente, não pode mesmo ir longe...”. Ordem e progresso é o cacete!!! Pra quem é
a ordem e onde está o progresso??? Ou pra que é a ordem e pra quem seria o progresso??? Trânsito intenso, fechada de ônibus,
interdição, perpétua ou temporária, não importa, pior é admitir que o que nos
governa, aplica a pena aflitiva da sua ausência. Desgovernos, desserviços,
omissos. Sinais fechados, profanação, resignação, palpitação, exoneração...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Professores, tambores, rumores, vejam os ditadores!!! Bombas
de gás, de efeito “moral”, balas de borracha atiradas, sem candura, ditadura,
tragédia política lamentável no cenário atual. É sob o banal, o bestial cotidiano
humano, em meio a tanto engano, que as nossas crianças se desenvolvem.
Violência parece o certo, soberana, e o deserto?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
No deserto “(...) não se vê nada. Não se escuta nada. E no
entanto, no silêncio, alguma coisa irradia... O que torna belo o deserto é que
ele esconde um poço nalgum lugar.” </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Procuremos por mais poços! </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Paro, resfolego e olho para nossa humanidade, mundanidade e
bestialidade. Ainda não vejo poços, mas estamos no caminho, acho. A beleza está
onde ainda não se vê.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mas, como ressaltou o mestre das crianças Saint-Exupéry “Quando
o mistério é muito impressionante, a gente não ousa desobedecer. Por mais
absurdo que aquilo me parecesse a mil milhas de todos os lugares habitados e em
perigo de morte, tirei do bolso uma folha de papel e uma caneta.” E, foda-se, escrevamos uma nova história,
antes que o silêncio seja feito e efeito da ausência de voz em nossas gargantas, este
com grifo da autora. E pra quem tem sede do que ainda importa... é bom molhar a
garganta.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
“- Tu tens sede também? Perguntei-lhe.</div>
<div class="MsoNormal">
Mas não respondeu à minha pergunta. Disse apenas:</div>
<div class="MsoNormal">
- A água pode ser boa para o coração...”</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt0Zsa-YnatSioi-5kcLC1oySHTYFcD75GSxDvdJlyW-Uny2lcT-xYoRieIGHVYHuuARqXL2qpY2IGk5hpDxRO3OGqIVqq9Q89cOzPsdSEymEVnr9VmeIyEcd4O-E1DDUiOxlo_k-COSLH/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt0Zsa-YnatSioi-5kcLC1oySHTYFcD75GSxDvdJlyW-Uny2lcT-xYoRieIGHVYHuuARqXL2qpY2IGk5hpDxRO3OGqIVqq9Q89cOzPsdSEymEVnr9VmeIyEcd4O-E1DDUiOxlo_k-COSLH/s1600/images.jpg" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Claudia Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/15835524742834117463noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8492101543543985623.post-76772513465039400842013-09-25T22:43:00.001-03:002013-09-28T14:07:13.949-03:00Princesas e pelejas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrsN3lPVXOaoGpe1xWttKMmJCzY139tAc3VGd0_wv0Bh-pkqCxjqIAIbdPBcDQ_ve1o8AS-qFZcN4CdUoG3yGp1evy2V7bf2sXxUQh6_wlrkcXYKRMtNynwPUg3kWtdaijAwM6wIifYFjj/s1600/princesas+loucas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="282" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrsN3lPVXOaoGpe1xWttKMmJCzY139tAc3VGd0_wv0Bh-pkqCxjqIAIbdPBcDQ_ve1o8AS-qFZcN4CdUoG3yGp1evy2V7bf2sXxUQh6_wlrkcXYKRMtNynwPUg3kWtdaijAwM6wIifYFjj/s320/princesas+loucas.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT">Vento forte é sinal de mudança, ventania então
é pra deixar tudo de pernas pro ar. E deixa mesmo. Fosse calmo as nuvens não
traziam chuva e depois dessa, o sol não chegaria. Precisa de vento, muito
vento… Hoje pela manhã foi assim. O tempo virou no início da semana, mas só hoje
é que as mudanças ocorreram e junto com elas, silêncio no tribunal. A vida
precisa disso, um pouco de mentira, de cinismo, de coisas fora de ritmo e lugar, e
assim, talvez eu entenda alguns discursos e leia alguns acontecimentos, talvez,
ainda não sei, preciso ouvir o eco do meu silêncio.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT">Aí lembrei que a primavera chegou, quase bela,
trazendo às vitrines, às ruas, vestidinhos de princesas, coloridos, floridos,
estampados e o sonho da estação das flores, com o desejo que tudo floresça e
pareça tão lindo quanto esta época. Mas,
como tudo na vida, tem a parte II. Então vejamos, que merda nos aguarda nessa
reflexão de primavera, princesas e pelejas?</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT">Essa síndrome de princesa, a necessidade de
que a vida imite os contos de fadas, já virou na verdade um transtorno na vida
de cada um de nós, homens e mulheres, mortais, já que não somos deuses, nem
semi-deuses e não cabemos em contos de fadas, se é que eles ainda cabem em nós.
Ainda bem que não, acho!!! Eles são tão pequenos e insuficientes diante da
complexidade de nossas demandas afetivas, emocionais, psicológicas, sexuais! Como
realizar tamanha incompletude???</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT">“Bela, acorda!!!” Acordei com esse vento, berros e um chute na bunda do
meu inconsciente, que continuou: “abra a porta, um novo momento se abre diante
de nós, você precisa escrever sobre isso!”. Eu juro que tento escrever de forma séria para elevar o assunto e falho sempre, miseravelmente. Bela e às vezes fera, quando necessário,
adormecida, quase nunca. O fluxo da conversa
seguiu, num papo descontraído, com a conclusão de que o complexo de cinderela já era, fora atualizado pela história do filme "Uma linda mulher". Gata borralheira jamais, seja uma gata na esteira. Rapunzel presa na torre só pode ser uma piada de mau gosto. E as tranças viraram cordas que a levaram à escaladas bem mais radicais. A mulherada de hoje é adepta mesmo da prática de rapel. E a Rapunzel? Se estrepou ou teria sido o príncipe que... Bem, dizem que ela pegou piolho, cortou as madeixas e trocou o príncipe por uma mulher. Com o que sobrou das tranças, o príncipe que era "encantado" virou um transviado. Ou um viado? Não se sabe ao certo...</span><br />
<span lang="PT"><br /></span>
Oi???? E onde estão todos os princípes, os sapos, os beijos que
acordam as princesas da Disney, os contos de fadas, as fodas que contam, ops???
Está na hora da menina dos sapatinhos
vermelhos desfilar linda como um diabo que veste Prada. Branca de neve é o
caralho! Seja mesmo a branca (ou preta ou índia ou cabocla) de verve!!!!
Foda-se, não importa a cor. Dormir com sete anões, nem pensar!!! Com um já
seria bizarro!!! Demilivre… A mulher de verve (e não de neve que se derrete
toda) é uma entusiasta com a vida. É a mulher que usa o seu potencial de falar,
pra fazer e escrever de forma espirituosa, inteligente, criativa e com senso de
humor. O bom é ser a mulher maravilha, maravilhosa, elástica, que com toda a
sua vitalidade e plasticidade, usa a sua flexibilidade e inspiração pra ser
feliz e melhorar o mundo! Princesas de contos de fadas, não contam as fodas,
principalmente as ruins… Então como vamos aprender com elas? Elas tem sina e
destino, tudo prontinho! Pessoas reais tem vida e menos um pino!!! Tudo a ser
construído de maneira singular, sem formas e fôrmas…</div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT">As princesas encantadas ficam a espera ou em
função de um “princípe”, que a salvará pra todo e sempre do mal, elas costumam
ser pegajosas, piegas, mansas e bem suaves
quando se trata de conseguir o que querem e vivem perguntando: “o que você quer
que eu queira pra eu querer também?”. Que coisa mais flagelada e pollyannamente
babaca!!! E as outras? As outras são as tais “mulheres malucas”, “instáveis”,
“verdadeiras feras”, com pouca doçura (às vezes) e cabelos nas ventas (muitos),
diante das insanidades do seu par, da proteção da cria e das injustiças do
mundo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT">Pois é, talvez seja perigoso ser gente de
verdade. Ter que decidir por si e não colocar a vida na mão do outro, decidir
pelos perigosos talvezes… E de quebra, suportar os reveses que a vida nos
reserva. Dúvida, tormento, medo, é pra quem arrisca, morde a isca, ousa e
petisca. É pros loucos!!! Aos medíocres, um brinde às “certezas” e às
convicções afetivas, políticas, de
tempo, de espaço, de vida, que observa e
aguarda sobre a mesa, o prato pronto, imóvel, estático, equilibrado,
fado, parco, porco, enfadado. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT">Os especialistas no comportamento humano e,
dizem que estou entre eles, afirmam que as duas maiores necessidades do ser
humano são: segurança e variedade. Putz, estamos lascados então, porque uma
desqualifica ou praticamente invalida a outra. Se precisamos da certeza, da
segurança, por que então sairíamos em busca de variedade? E se, estamos vivendo
a procura do baleiro sortido pra pegar “a bala mais gostosa do planeta”, por
que sentimos a falta do porto seguro? Bicho, ser humano é muito doido e os
especialistas são seres humanos, produzidos por toda essa loucura também. Então,
ninguém sabe o que diz... </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT">“Já quis ser freira, e também puta”, é o que
ouço de mulheres (e do meu próprio inconsciente) que, cansadas pela busca do
equilíbrio, desejam a aposentadoria total das relações amorosas, simbolizada
pelo celibato, casto ou, num corte oposto ao caminho do meio, a entrega a uma
vida de luxúria e desejos profanos, o sexo pelo sexo, pelo prazer, por uma vida
mais selvagem, ou, na hipótese mais capitalista lucrativa, o sexo pelo
sustento, pela “boa” vida, inclusive modalidade bastante praticada também pelas
mulheres casadas ou com um “único” parceiro.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT">Já no mundo masculino tenho ouvido que as
mulheres “não querem nada”, “muito masculinizadas”, “elas estão se comportando
que nem homens”, eles dizem. É, tudo bem, queimamos sutiã, brigamos por
direitos equitativos, iguais jamais!!!! Não somos iguais aos homens e nem
deveríamos pretender ser né mulherada??? A equidade começa no respeito às
diferenças.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT">Do romantismo à putaria, as coisas seguem de
forma bem bipolar por aí. Coisa de gente, acho. Muitos começam românticos na
primeira parte da história, mas depois ouvimos a música completa, da Rosinha,
parte I e II: </span><span style="background-color: white; color: #202020; font-family: Verdana, Tahoma, Arial, sans-serif; font-size: 20px; line-height: 16.796875px;">♩♫♪</span><i>“Vou construir minha casinha, lá no alto do serrado, mas eu só
levo a Rosinha, depois de tudo acabado.”</i> Ai. Meu. Deus. Tudo tão lindo e primoroso, mas lá
vem a segunda parte, como tudo na vida, e a música continua: <span style="background-color: white; color: #202020; font-family: Verdana, Tahoma, Arial, sans-serif; font-size: 20px; line-height: 16.796875px;">♩♫♪</span><i>“Aí eu vendo essa
meeeeerda, e encho o cú de dinheeeeeiro, e a Rosinha que se fôoooooda, eu vou
morar num puteeeeeiro.”</i></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT">Ahhhhhh merda, quanto desencontro!!!! Então,
se amar é um talvez perigoso na decisão da entrega, ser amado é missão
perigosamente duvidosa, já que depende também da entrega do outro. Aquele
ditado nas negociações de que “tudo que é combinado não sai caro” deveria valer
também pro amor né? Quanto disparate! Queremos tudo e nada, isto e aquilo, ser ímpar e par, singular e plural!!! Não é "ou isto" "ou aquilo". É isto e aquilo, piramos, ficamos atordoados! Não sabemos o que queremos e, quando achamos que sabemos, a vida muda o nosso desejo. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT">Pior ainda quando você não pretendia ou não quis
entregar nada e saiu da história furtada de todas as suas vontades. Como, sem a
nossa autorização, o outro pode nos tirar o sono, nos levar o apetite, assaltar
a nossa paz e sequestrar o nosso coração dessa forma?</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT">Puta que o pariu vida!!! Ora somos mendigos
esfomeados com a mão estendida, ora somos a mão que doa e que ergue. Ora somos
assaltados de nós mesmos, outras vezes, bandidos atormentados roubando a paz e
a lucidez alheia, mas, quase sempre, perturbados
pela falta que nos move ou pelas sobras que
nos entediam a cada dia.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT">Princesas, pelejas e...Hey!!! Desce mais umas cervejas!</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT">Mas, já que é primavera, e a Rosinha???</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT"><br /></span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/fZOdInnaT8c?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe><br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Claudia Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/15835524742834117463noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-8492101543543985623.post-16893652488372722462013-09-12T01:47:00.003-03:002013-09-13T09:26:54.188-03:00Por trás das "celas"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGAaMX5pbW4oTWrbftioVfaccZ0kHCShX5iuASnf10ft3b0o_VTsbQerltvegAYcAGNQkioQ2sVWFmXAltUaIueDkmpe15GL3xSzCjEZuLRrXoI_6CNiUcWpuOcJxVKF5tfxFKVvjI090x/s1600/medianeras_reprod-e1354197864637.jpg" imageanchor="1" style="display: inline !important; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="169" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGAaMX5pbW4oTWrbftioVfaccZ0kHCShX5iuASnf10ft3b0o_VTsbQerltvegAYcAGNQkioQ2sVWFmXAltUaIueDkmpe15GL3xSzCjEZuLRrXoI_6CNiUcWpuOcJxVKF5tfxFKVvjI090x/s320/medianeras_reprod-e1354197864637.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Hey, a vida prega peças mesmo. Tenho uma história pra contar
de uma super querida, mas que poderia dizer que é a história nossa de cada dia
na interseção do mundo real com o virtual. Cometi um ato falho. Aliás
super falho. Sempre faço essas merdas!!! Que falta meu conjunto de parafusos
completo faz... Segundo Freud, o ato
falho não representa um erro, um equívoco, uma falha comum, há algo, um
significado mais profundo que precisa ser analisado. E quer saber, da minha
parte, há mesmo! É como trocar o nome do marido pelo do amante. Tem um
significado singular ou não tem???</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Bem, melhor eu contar o caso. Ela baixou um aplicativo que
permite que, em um raio de 500 metros, todas as pessoas que estão conectadas ao
Facebook possam aparecer em sua telinha do celular e, caso ela “curta” a pessoa
e ocorra a reciprocidade na curtição, uma tela se abre para que eles possam
conversar. Apareceram conversas com <i>gogoboys</i> até caras que já iniciaram o
bate-papo perguntando se ela fumava maconha. Ué, o que importa é apresentar o
seu currículo e saber o do outro pra achar a tal cara metade que, juntando com
a outra se tornaria então uma cara-de-pau inteira, com ou sem maconha, com ou sem
dançarinos de sunguinha (pequenas e apertadas) no novo cenário da sua vida. Ok,
sem moralismos babacas!!! Tem muita gente falando a "verdade" sobre si mas também alguns contadores de histórias, ou melhor, estórias. Conheci um ao vivo e a cores e que também tinha um "currículo" no site de relacionamentos "Par Perfeito". Figura única! Lá ele dizia ganhar mais que um promotor de justiça e na vida real era aquele cara tipicamente alérgico ao trabalho, acordava já mergulhado num balde de maconha e não sabia o que era trabalho fazia bastante tempo, apesar de se dizer empresário. Coisas da vida, ou melhor, da era virtual. Tem gente com foto no perfil fazendo quadradinho de oito e que diz ler Foucault... Bicho não dá, fica feio forçar a barra assim, faz isso não!!! Aliás que bicho daria se isso fosse possível? Tem coisas que são como água e óleo, não se misturam, quadradinho de oito e Foucault é uma delas.<br />
<br />
Não acredito em posições radicais e isoladas, mas alguma coerência e razoabilidade ajuda a dar crédito aos pretendentes virtuais. Aliás,
gosto muito de variar tudo, posições, papéis, opiniões e é claro,
contextualizá-las rsrsrs. Se por um lado
as ferramentas digitais, as redes sociais, virtuais, aplicativos, sites,
programas de relacionamento e blablabla são facilitadoras para aprofundar a
conversa e permitir encontrar afinidades, por outro deixou a desejar no
encontro do olhar, no gosto do beijo, no cheiro da alma, na proximidade do
contato e do abraço profundo, aquele que sentimos o coração do outro bater
junto com o nosso. E andar de mãos dadas (e suadas de nervoso), comer pipoca no
cinema fazendo barulho, ficar com vergonha e ruborizar, rir juntos ou atrasados
da mesma piada??? Tem preço não! É lindo demais!!!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Em algum momento, fiz uma intervenção que dizia a ela algo
do tipo: “então me preocupa você viver grande parte da vida atrás das celas do
computador e do celular”. Celas???? Eu disse celas!!! Sim, celas são prisões e
isso é privação de liberdade. Tudo que priva a nossa liberdade nos captura, nos
reduz, nos limita e é claro, afeta o mundo de possibilidades que poderíamos
viver, ver, escolher, sentir...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Enquanto estamos vidrados na celinha, ops, na telinha, a
vida passa a nossa frente e não sentimos, não vemos a presença do outro, nos
perdemos do real e ficamos imersos, mergulhados no mundo da imaginação, vivendo
mundos que desejamos estar, toques que queremos sentir, degustando desejos que
nos fazem salivar, viagens que sonhamos fazer e querendo ser amados por um ser
imagético que ao nosso lado não está. E se, perguntei a ela, no momento que
você está obcecada na telinha, o amor da sua vida passasse ao seu lado e você
nem o (re)conhecesse, ou melhor, nem se desse a chance de conhecê-lo???
Provoquei: a sua obstinação por conhecer alguém pelas ferramentas virtuais não
poderia cegá-la para o mundo real???</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A porra do “E SE” sempre espreitando a nossa vida...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Quando as reflexões já davam <i>loopings</i> na minha cabeça e
antes que essas manobras acrobáticas de pensamentos detonassem por completo o
meu cérebro, achei rapidamente um papel e caneta pra escrever esses fragmentos dilacerantes que inundavam a minha
mente. Beleza, me salvei, vou elaborar, cheguei em casa, vou escrever assim que,
depois de encher o filhote de beijos, ele adormecer. Meu filho (de 7 anos) então, pede o celular emprestado e ao olhar
para a telinha do celular vidrado diz: “coitadinho de você Pou, eu estava lá
fora, no mundo sabe, vivendo?” É, vocês não sabem, mas o<i> Pou</i> é um serzinho que
parece um cocozinho, que toma banho, que tem sentimentos, que cresce, que troca
de roupas, que fica na moda, que come, enfim... Tipo um <i>tamagotchi</i>, se é que isso ainda
existe. É um ser “de verdade”, capitalístico e vivente como cada um de nós,
acho.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfl57uB-YVrl0h2SBBb7H5RKkQnoRM12qTyfg8Sv5w25NH_1uydYpBo_fyvRY22GRjhqo6QQ2Z_mXgX2kOPb75TjWAg7ibgKTon_dLdI901bNWf9dI914tBvBjp7bjVtzcyuSpt26sK2y6/s1600/Pou-para-windows-ou-mac5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="191" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfl57uB-YVrl0h2SBBb7H5RKkQnoRM12qTyfg8Sv5w25NH_1uydYpBo_fyvRY22GRjhqo6QQ2Z_mXgX2kOPb75TjWAg7ibgKTon_dLdI901bNWf9dI914tBvBjp7bjVtzcyuSpt26sK2y6/s320/Pou-para-windows-ou-mac5.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Puta que o pariu, eu pirei!!! Como assim??? Meu filho, tem
uma porra qualquer feia pra caraleeeeô com cara de cocô dentro do celular, do meu
celular, que ele estima e cuida, como se
um bichinho de estimação fosse e que, ele se justifica pela ausência pois “estava
lá fora, no mundo sabe, vivendo????????”. E o pior, me tornei avó de um ser virtual, sem saber, e nem simpatizei com ele.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Pára essa merda que eu quero descer. Ficou tudo esquisito!!!
As pessoas passam mais tempo na frente das “celas”, ops, das telas, teclando,
se comunicando, trabalhando, se divertindo, "namorando", se conhecendo, do que de
fato se experimentando, se ouvindo, se acariciando, se olhando, se energizando
de contato, se saciando de beijos, trocando o magnetismo das almas, sentindo
coração com coração.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Nada nada nada, nunca nunca nunca e, ainda bem, vai
substituir o brilho de um olhar, a doçura de um sorriso, um cheiro gostoso, um
beijo saboroso, um abraço intenso, um amor imenso, um sexo envolvente, a
presença da gente!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Que assim seja, com menos celas, teclas e telas. Mais
coragem, paisagem e calibragem, de cenas reais é claro!!! As reflexões de Deleuze nos ajudam a conduzir novos movimentos, traçando o vir-a-ser do futuro, através de ações revolucionárias, linhas de fuga, espaços de novos respiros, ares, lugares, em busca de novos sentidos e paisagens. Eis a revolução!!! Quais são suas linhas de fuga, das celas, das normas, do vigente, dos padrões? Eu quero "medianeras" (veja abaixo o significado), e você???</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 14.4pt; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.8pt;">
<span style="font-size: 11pt;"><span style="font-family: inherit;">E pra quem é cinéfilo como eu, a minha dica pra
aprofundar a reflexão vai pro filme “Medianeras”. No Brasil o título ficou
conhecido como: “Medianeras: Buenos
Aires na era do amor virtual”.</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnbbPP8ox4rXJ19z0fsabh7IB3USzihz_K3aqYdol3DLg4zNEY73lHcex_zjB4vyvBKQcgDQNgsI0dWW4m32YKfb5sJ5OC-u7j3ebdSYPnPgvjKBcLhDlIE4_5yWSAnKZYlLhprCtzShc8/s1600/MEDIANERAS_PORT_BAIXA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnbbPP8ox4rXJ19z0fsabh7IB3USzihz_K3aqYdol3DLg4zNEY73lHcex_zjB4vyvBKQcgDQNgsI0dWW4m32YKfb5sJ5OC-u7j3ebdSYPnPgvjKBcLhDlIE4_5yWSAnKZYlLhprCtzShc8/s320/MEDIANERAS_PORT_BAIXA.jpg" width="216" /></a></div>
<div style="background: white; line-height: 14.4pt; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.8pt;">
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.4pt; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.8pt;">
<span style="font-size: 11pt;"><span style="font-family: inherit;">Já
assisti 3 vezes. É um belo filme argentino que questiona e problematiza, de
forma bastante inteligente, a cultura virtual dos relacionamentos e mergulha no
tema solidão e todas as facetas das suas linhas de fuga. Pra quem não sabe, medianeras é o nome
dado a aberturas ilegais de janelas nos edifícios, também chamadas de paredes
cegas. Na Argentina é proibido por lei
abrir janelas laterais, mas as pessoas descumprem a ordem, em busca de mais
claridade, um apartamento mais arejado, em suma, de uma melhor qualidade de
vida. </span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEim6lZpSCfbQxMvU7J303hjl1imRgNFS-nXilMDqWPZu9VQhgH5VMbpJhbQJat96b0YBjiCLkrpEq1CdCymCQHgk7DeJs65xlLuaLqFB0rj32cc7y8yjVOjmwFxgoUAA-nuIVoVoDpvPJmj/s1600/MEDIANERAS3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="171" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEim6lZpSCfbQxMvU7J303hjl1imRgNFS-nXilMDqWPZu9VQhgH5VMbpJhbQJat96b0YBjiCLkrpEq1CdCymCQHgk7DeJs65xlLuaLqFB0rj32cc7y8yjVOjmwFxgoUAA-nuIVoVoDpvPJmj/s320/MEDIANERAS3.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="background: white; line-height: 14.4pt; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.8pt;">
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.4pt; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.8pt;">
<span style="font-size: 11pt;"><span style="font-family: inherit;">Essa é a grande sacada e ponte que
o filme faz com a vida. Vale muito a pena assistir!!! A obra recebeu os prêmios
de melhor filme estrangeiro e melhor diretor no Festival de Gramado de 2011. Espero que
aproveitem!!! </span><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Claudia Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/15835524742834117463noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-8492101543543985623.post-31723240137777733832013-06-01T01:20:00.000-03:002013-06-01T19:02:03.139-03:00Dia do amor, sem fórmula por favor! <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqFM6ioPmVrIBALu7XyKDU0fXnPouCi0p7hYNaY81jPIC-5y7PSAcKBIehKfCj2UquYIQ7D6lfU9n6J7XxdstutjPVS1b9V-IMUlpu8ocyH6p4fluRFA0pXue8jyIiV14Vi1exnp4vItx_/s1600/nao-te-largo-amor-ciumes.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqFM6ioPmVrIBALu7XyKDU0fXnPouCi0p7hYNaY81jPIC-5y7PSAcKBIehKfCj2UquYIQ7D6lfU9n6J7XxdstutjPVS1b9V-IMUlpu8ocyH6p4fluRFA0pXue8jyIiV14Vi1exnp4vItx_/s200/nao-te-largo-amor-ciumes.jpg" width="183" /></a></div>
<br />
Hoje
eu acordei com vontade que a vida me dissesse o que eu terei vontade
de fazer. E tem sido quase sempre assim. Faço planos sobre o trabalho,
cursos que quero fazer, viagens, programações de lazer, orçamento,
reforma da casa, mas sobre o coração, não mais...<br />
<br />
Em minhas explorações pela estrada afora, tenho aprendido muito, às vezes em par, muitas outras
em carreira solo, o quanto o amor não tem fórmula, não tem planos, não
tem metas, nem explicação e tampouco desafios, o amor simplesmente é, está
lá, para ser sentido e vivido doce e livremente.<br />
<br />
Não sei se vocês conhecem a origem do dia dos namorados, mas vale a pena
recuperar o finalzinho da Idade Média, quando o bispo Valentim lutou
contra as ordens expressas do imperador Claudio II, que havia proibido o
casamento durante as guerras acreditando que os solteiros eram melhores
combatentes. Será? Talvez né, os solteiros estão na pista pra "negócio" e conseguem tocar a vida sem bengalas, usufruindo apenas da sua própria companhia
kkkkk. Bem, porém, além de continuar celebrando casamentos, ele se casou
secretamente, apesar da proibição do imperador. Logo foi descoberto,
preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, as pessoas militaram
pela causa do amor, enviando à Valentim flores e bilhetes dizendo que
ainda acreditavam no amor. Ao aguardar confinado o cumprimento da sua
pena de morte, Valentim, como sempre desobediente às regras (ainda bem),
se apaixonou pela filha cega de um carcereiro (olha a não exigência da
perfeição do amor) e, milagrosamente (coisas do amor), ela voltou a
enxergar, talvez para conseguir ler a mensagem que ele lhe deixaria
(grifo da autora, eu). Antes de ser executado, Valentim escreveu um bilhete
de amor para ela, na qual assinava como “Seu Namorado” ou “De seu
Valentim”. Esse momento comemorativo resgatando o valor do amor foi
importado por nós, porém com uma pequena mudança, comemoramos o dia dos
namorados em 12 de junho (ao invés de 14 de fevereiro, o primeiro Valentine´s Day) por ser véspera
do dia de Santo Antônio, o tal santo português que tem fama de santo
casamenteiro.<br />
<br />
Pois é, vez por outra, eu e minhas amigas, de forma gaiata e
despretensiosa, pra falar a verdade, escrotamente, ficamos analisando os
casais que vemos por aí e o quanto cruelmente achamos, com a nossa
cabeça de abóbora, que eles "descombinam". Ah olha aquele cara lindo,
sarado e bacana com a gordona na praia, que depois de tomar uma banda com
as ondas que vem em vão, arruma o biquininho pagando peitinho, comendo
areia como se fosse paçoca e é claro, transbordando todo o seu bacon para
muito além do seu figurino. Na boa véi, eu não conheço o inferno, mas
acho que essa deve ser uma das visões ou perspectivas de lá. Caraí, o
que aquele homem viu naquela mulher??? Perguntamos com aquela pontinha (na
verdade pontona) de inveja!!! <br />
<br />
E quando vemos aquela bela com uma fera? Ela linda, inteligente,
assertiva, com covinhas pra lá de sensuais que acabam de desenhar o seu
lindo sorriso, com aquele ogro, barrigudo, grosseiro, que a trata como
se ela fosse um esboço de nada e mesmo assim, ela faz tudo por ele,
prioriza estar com ele, paga uma hiper paixãozona dizendo eu te amo,
você é tudo pra mim, até flores ela envia pro sujeito, enquanto ele mal consegue dizer que gosta da
companhia dela. Ele troca tranquilamente um jantarzinho íntimo que ela
preparou (e o espera vestida com uma lingerie <i>very very a lot sexy</i>) para tomar cerveja até cair com os coleguinhas que ele mal tem
intimidade do trabalho. Arf!!! Vai entender sobre o amor, pois é,
ninguém entende, é por isso que se chama AMOR!!! Porque não é racional,
não tem fórmula e nem explicação. Ué, o valente militante Valentim não se
apaixonou pela ceguinha, filha do carcereiro dele? Pois é, o amor é assim...<br />
<br />
Se fosse porque a pessoa é o máximo em algum aspecto ou todos, seria
somente admiração. Podemos admirar muito alguém e no entanto, não amar.
Se fosse porque o outro tem uma química incrível com você na cama,
seria tesão. E vamos combinar, dá perfeitamente para ir para a cama, ter
uma ou várias noites incríveis, sem amar a pessoa. Se fosse porque o
outro te entende, te apoia e te aceita do jeitinho que você é, seria
exclusivamente amizade. Pois é, temos muitos amigos e amigas que amamos
muito fraternalmente (profundamente e pra sempre) e que, nem por isso,
se transforma numa história de amor afetiva-sexual. Se fosse porque
vocês conversam por horas a fio, curtem muita coisa em comum e adoram
estar juntos seria uma grande identificação. Nos identificamos
pracaralho nessa vida com muitas pessoas que não passam a ser o nosso
par amado. Enfim, é claro que essas questões podem estar contidas em
pessoas que se amam, mas se pararmos para pensar, nem sempre... Aliás,
muitas vezes não. As qualidades ou vantagens acima não são condições <i>sine qua non</i> para se viver um GRANDE AMOR.<br />
<br />
É por essas e outras nas minhas desvairadas andanças que há muito não
quero porra de fórmula de amor nenhuma. Torço para não encontrar (ao
contrário da música do Léo Jaime) a fórmula do amor. Quero ser amada
pelo meu jeito torto, pelas minhas insensatezes, cegueiras, por minhas
chatices e imperfeições, pelos meus momentos difíceis, pelas minhas
batatadas, bolas fora e tudo que me torna humana e imperfeita e que, por
isso mesmo, me fazem ser amada por alguém de um jeito singular. É lógico, diga-se de
passagem, que tenho muitas outras coisas para oferecer (as minhas
covinhas são lindas, é o que diz um amigo meu kkkkk), mas o bônus será
somente pra quem se encarregar do sombrio ônus. Ah o amor!!!<br />
<br />
Podem reparar, quando amamos e/ou somos amados por alguém, podemos ouvir
as mais descabidas descrições: "adoro o jeitinho que ela mexe com o
cabelo e faz os dedinhos dançarem enquanto fala" (e o pior, foda-se pro
conteúdo do que ela fala, a forma que fala é linda), "amo o jeito com
que ele esfrega as pernas na cama quando acorda como se fosse um boneco
deitado na neve" (foda-se se ele tem o corpo sarado e lindo nu ou não, o
que importa é o que aquele corpo faz em váaaaarios sentidos), "gosto do
jeito que ela pede apontando freneticamente pro copo pra completar a
cerveja" (outro foda-se pra saber se ela está bêbada falando um monte de merda),
"gosto do jeito bronquinha dele quando está com raiva" (mesmo que ele
tenha estragado o programa de vocês com a chatice dele).<br />
<br />
Enfim, eu
poderia ficar descrevendo inúmeros absurdos de casais que quando vivem o amor, quando descrevem o outro, colocam uma pitada de<i> pirlipimpim</i>
em alguma coisa totalmente ordinária aos olhos de qualquer um. Mas sabe o
que eles veem? O extraordinário no outro. E vamos combinar, essa porra
só pode ser o tal do amor. Na verdade, para além daqueles que tem
admiração, amizade, identificação, química, não sabem dizer o "porque"
amam alguém, simplesmente amam e <i>simsimsalabim</i> ponto, entendeu (você com
certeza não) ou quer que eu desenhe?<br />
<br />
Então mando a fórmula do amor para a puta que o pariu. Não quero mais
ficar fazendo balanço de porra nenhuma, onde foi que eu errei, o que é
que eu fiz a menos ou a mais, o que tem de defeituoso em mim... Quero o
amor livre, leve, inusitado, imperfeito e inexplicável, do jeitinho que eu acho que
ele é! Quero ser amada pelo que sou! E vamos combinar, isso só se
descobre com o exercício da autoaceitação, do autoamor, isso é
autoestima e nisso, acho que estou virando Phd. <br />
<br />
Um brinde aos valentes, que amam sem saber o porque e ainda acreditam no amor! Porque quando se ama alguém não serve outra pessoa, é aquela e somente aquela, que é insubstituível pra fazer casa em seus braços, morar no seu peito, dormir na sua cama e habitar os seus devaneios.Claudia Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/15835524742834117463noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8492101543543985623.post-67356967292990560022013-05-17T01:10:00.000-03:002014-02-18T13:05:34.223-03:00“Timing” ou “táimim”<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6EoGWUNkGL_oNFUhviu_F338S4i6UDzyFwcI78jM0wM0UKx7tMUyK9hGlRAMTtomeiupjUSFLJnbEhS-Mlrzu2gBrmRbsyNBWJhraaQFSk24ZCvdv2DAvT6ZtDHOi0EzP9CRaksy097Sh/s1600/perfect_timing_26.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6EoGWUNkGL_oNFUhviu_F338S4i6UDzyFwcI78jM0wM0UKx7tMUyK9hGlRAMTtomeiupjUSFLJnbEhS-Mlrzu2gBrmRbsyNBWJhraaQFSk24ZCvdv2DAvT6ZtDHOi0EzP9CRaksy097Sh/s320/perfect_timing_26.jpg" height="213" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O que é <i>timing</i>? Talvez você, pessoa amiga leitora com saco
pra ler o meu blog, esteja se perguntando o motivo da utilização de um termo em
inglês. Não, não é nenhum culto à língua estrangeira, não, não é uma apologia à
americanização da nossa língua...<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Vamos aportuguesar essa merda, odeio essa história de ficar
escrevendo e reproduzindo os padrões da cultura americana, mas tenho que
admitir que o termo “<i>timing</i>” envolve ziguilhões de significados em uma única
palavra, coisa que dificilmente conseguimos em nossa rica língua portuguesa.
Então, resolvi traduzir da minha própria cabeça de paçoca, que esfarela em mil
e um pedacinhos de tanto pensar: TIMING = TAIMIM = TÁIMIM = TÁ EM MIM = ESTÁ EM
MIM = É O MOMENTO QUE ESTÁ EM MIM = ESTÁ
COMIGO = MOMENTO QUE ME SINTO UMA PESSOA PLENA!!!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
É o tempo oportuno, o momento mágico, a hora “perfeita” para
algo, alguém ou alguma coisa acontecer... </div>
<div class="MsoNormal">
Tempo, oportunidade, magia, encantamento, espontaneidade, "borboletas no estômago", olhos brilhando, pele arrepiada, coração vibrando,
mente no compasso do momento... Isso é o <i>timing</i>!!!! Esse é o <i>timing</i> e é muito
fácil identificar...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
É o momento que tudo faz sentido e pode ser sentido
inteiramente em seu íntimo na relação com o outro... com o mundo... com a
vida... com as coisas.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
É o presente
majestoso, é a ocasião aproveitada que quase parece uma coincidência, tipo “coisa
do destino”, que com o seu toque de fantasia, faz iluminar aquele momento para
que tudo brilhe e resplandeça em um encaixe “perfeito”.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
No mundo da fotografia, é aquele clique que não pode ser dado nem um pouquinho antes e nem um décimo de segundo depois, mas sim quando aqueles pés saem do chão num pulo vibrante e, o
fotógrafo <i>caça-timing </i>consegue capturar aquele momento no ar e clica!!! Bela
foto que irá se eternizar no tempo cronológico. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Timing </i>é quase o tempo emocional das coisas, a alma do tempo
e o tempo materializado em sua melhor performance. Pra mim isso é<i> timing</i>! Está
em mim, está comigo, eu posso sentir aquele momento inteiramente. Às vezes fica
ali por um instante apenas! É aquela roçada no nariz sem querer e que aproxima
o beijo num magnetismo inexplicável, aquele olhar que diz tudo que vai
acontecer nas próximas horas, dias e anos... Às vezes precisamos esperar algum
tempo pelo melhor <i>timing</i>, a maior abertura, para que, quando o portal entre a
terra e o inexplicável abrir, o inesperado magicamente possa acontecer.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
É aquele filho que chegou inesperadamente e que você recebeu
de braços abertos porque sabia que ele mudaria sua vida pra melhor e pra sempre. É aquela viagem que finalmente você vai fazer no seu momento mais bacana, aquele sorriso que recebeu na hora mais apropriada, aquele abraço que
aconchegou seu coração no momento que você mais precisava, aquela grana que
caiu na sua conta como uma brisa num dia quente, aquele beijo surpreendente
quando você não esperava nada mais daquela noite...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O contrário disso, quando perde-se o<i> timing</i>, é quando você
investe naquele <i>job</i>, arranca o melhor do seu cérebro para a criação daquela
porra de ideia brilhante, mas... inoportunamente, perde o prazo e não consegue
o reconhecimento da sua produção. É quando o beijo perde o encanto, a espera se transforma em pranto, se desespera e perde a esperança, obviamente sem nenhum espanto. É aquela famosa história que já se transformou em dito popular e que deve ter origem em alguma placa de caminhão ou porta de banheiro: quando o cara não te dá assistência, você perde a paciência e ele a preferência. Abre-se então concorrência e você se valoriza com sapiência. Pois é, isso é tão bizarro mas tão realístico que é quase uma ciência comprovada rsrsrs...<br />
<br />
Minha analista recuperou brilhantemente as sábias palavras de Lacan, psicanalista francês, a respeito da tripartição do nosso processo psíquico, quando o primeiro momento é o "instante de ver", o segundo é o "tempo de compreender" e o terceiro é o "momento de concluir". Traduzindo em miúdos na gíria popular carioca (e que Lacan não se contorça no túmulo com a minha reinterpretação): "Aê, se liga!", depois "beleza já é" e finalmente "partiu!". Já quando se perde o <i>timing,</i> o sujeito primeiramente fica "bolado" (momento de incompreensão), depois "vacila" (marca bobeira, faz merda) e finalmente "deu ruim" (perdeu, deu errado, fudeu, fracassou, o tempo fechou, a possibilidade não se concretizou).<br />
<br />
<span style="font-family: inherit;">É quando o casal
namooooooooooooooooora anos a fio e quando se abre os olhos, perdeu o</span><span class="apple-converted-space" style="font-family: inherit;"><i> </i></span><i style="font-family: inherit;">timing<span class="apple-converted-space"> </span></i><span style="font-family: inherit;">do casamento, da promessa de vida
a dois, o sonho dela mofou, a estrela dele se apagou e ela foge com o primeiro
lobo mau de bicicleta que passa (sim, não é princípe à cavalo e nem um
executivo bem sucedido </span><i style="font-family: inherit;">by imported car</i><span style="font-family: inherit;">). E rola o casório
depois de 6 meses de rompimento do clássico loooooongo namoro com o eunuco
anterior. </span><br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;">Aliás, o eunuco merece um destaque nesse post. Eunucos quase sempre perdem o <i>timing</i>... No sentido físico, eunuco são homens castrados, ou seja que
teve os testículos e/ou o pênis removidos. No sentido figurado, o termo é
usado para se referir aos homens “fracos”, sem iniciativa, “inútil”, impotente.
No sentido bíblico diz-se de homem pacífico e não necessariamente sábio, porque perde
o <i>timing</i>, já que costuma
desenvolver a pacificidade. </span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">Bem, depois desse parênteses sobre os eunucos, voltando... Aí, o lobo mau, cheio de atitude, sacou a importância do<i> timing </i>e estremeceu
as bases da mocinha de figurino " todo vermelho sangue" (do chapeuzinho à lingerie) e então ambos viveram o seu
momento de plenitude. Ele com a forte pegada e com muito apetite, disposto a ouvir
melhor, enxergá-la melhor e comê-la melhor (devido as suas respectivas orelhas
grandes, olhos bem abertos e desejo voraz) e ela querendo um "algo mais" em
todos os sentidos, tipo quero ser sua e bingo, o momento oportuno, inusitado
rolou pros dois.... Pois é, tudo tem o seu <i>timing</i>, o seu tempo de estar
inteiro, o momento que tudo faz sentido nos encontros da vida ou não...<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Porran, sabe quando você se arruma toda e o cara perde o <i>timing</i>? O batom
começa a derreter, a maquiagem desbota, a roupa amassa e você já começa a ficar
com preguiça de sair, bate o soninho e a noite torna-se desinteressante porque
aquele cara que você esperava, se atrasa muuuuuuuuuito pra tomar uma atitude... As suas amigas
em qualquer bar por aí rindo escancaradamente ou um filminho com pipoca com o
seu filho na sua cama quentinha passam
a ser o encaixe muito mais que perfeito pra aquela noite do que aquela espera
vazia. Véio já era! De boa, perdeu o <i>timing!</i> <i>Whatsapp</i>? <i>What´s up </i>ou o que está pegando? Pois é, nada!!! Esse é o problema, falta pegaaaaaaaada, não tem nada me pegando de jeito. E você chega a conclusão que não vale nem mais a pena responder as investidas virtuais: "oieee", "tá aí?", "tá acordada?", "tá por onde?". Estou passeando pela puta que o pariu enquanto o seu lobo não vem... Faça-me um favor! Ou pega ou não alisa.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Outra bola fora do <i>timing</i> é quando cada um vive o seu luto pelo término do
relacionamento e depois das vidas refeitas e cada um no seu novo palco, alguma
parte tenta desenvolver seu potencial mediúnico falando com o (a) falecido (a),
encontrando gente morta e até “dormindo” com gente morta pra ver se é possível
ressuscitar alguma coisa viva nessa história. <i>“I see dead people”</i> já é foda, necrofilia
então nem se fala, é punk demais!!! Interagir com cadáver é complicado, você até
pode se excitar com a ideia mas morto não reage. Cadê a alma que se perdeu com o
<i>timing</i> de quando tudo ainda estava vivo? Ou espera o momento pra reencarnar ou
se toca que perdeu o <i>timing</i>. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Timing</i> é o tempo mágico que as coisas acontecem, é o tempo
no sentido de oportunidade, pode ser que fique lá apenas alguns raros segundos, pode ser que
demore anos pra encantar mas tudo ainda precisa estar vivo. Quando perdemos o
<i>timing</i>, deixamos passar a oportunidade ou nos antecipamos à magia dos
acontecimentos... o encanto morre, desbota, sucumbe, é o famoso “fudeu de vez”.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Observe o <i>timing</i> da vida, se não está em você no seu momento
mais receptivo, não está inteiro em lugar algum, não se tornará pleno na sua
vida. Então deixa essa merda pra lá! A sua intuição (que costumo definir como
as coisas que sei mas que não faço a menor ideia de como sei), saberá identificar os <i>“timings”</i> poderosos da
sua vida, o que está em você plenamente em seu momento mais oportuno. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Tudo tem o seu tempo, cada coisa tem o seu momento e cada
pessoa tem a hora certa para acontecer na sua vida!!! Sincronicidade, senso de
oportunidade, intuição! E tenho dito, tem que ter o “táimim”!!! Só assim posso
estar inteira com os outros, em tudo. Lançar-se ou recuar, não importa o que
vai fazer, mas sim que seja no<i> timing</i>, que esteja em você! Ou "táimim"ou não está!</div>
Claudia Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/15835524742834117463noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8492101543543985623.post-9800808121774455542013-03-14T00:34:00.000-03:002013-03-14T14:23:34.805-03:00Sexo, tortas e hot voo<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTl1WMrpH5oFUN-Fc35zEZXdDPbSm2KqekybWASUtVZbRDpxQ1CxsTvpS8MYPqXfjislGvi7TeGqLJloE42gVE76or8yA5oAZB99Ab3E1jd1O34o-ujzsVNUrB5aAyMZuojbmoW15wCeMF/s1600/torta+cora%C3%A7%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTl1WMrpH5oFUN-Fc35zEZXdDPbSm2KqekybWASUtVZbRDpxQ1CxsTvpS8MYPqXfjislGvi7TeGqLJloE42gVE76or8yA5oAZB99Ab3E1jd1O34o-ujzsVNUrB5aAyMZuojbmoW15wCeMF/s200/torta+cora%C3%A7%C3%A3o.jpg" width="187" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT">A vida. Aaaah a vida!!! <i>Biurifou laifi</i>, que <i>ai
lovi</i> tanto!!! Ela pode realmente ser surpreendente, aliás é claro que é! Rá! Desde
que você consiga tirar a venda uruquenta que recobre os seus perfeitos olhos.
Mandar as favas essa porra de antolhos é o que há de melhor. Sim meu povo,
antolhos, anteolhos ou ante-olhos é aquela coisa que se coloca no carão do
cavalo para limitar a sua visão e forçá-lo a olhar somente para a frente. Para
os lados, jamais! Isso é equivalente ao sentimento de liberdade. Na verdade não
basta a “carta de alforria” te libertando de algo ou alguém, é necessário
sentir a semente da alforria sendo gerada, nutrida e parida em nosso íntimo,
como um bebê que começa a se mexer e até chutar a barriga da mãe para dizer que
está ali e, em breve colocará sua carinha sorridente pra fora, à vida e ao
vivo. É preciso bancar a vida sem o seu senhor, aquilo ou alguém que submetia o
seu desejo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT">Enquanto procurava um cartório hoje antes de
almoçar, passei por um novo restaurante, com o visual espetacular e um cheiro
bastante agradável, pra dizer a verdade, inebriante. Já estava preparada
psicologicamente para almoçar no meu “conhecidinho” , pequenininho, bastante
familiar e aprazível restaurante. Mas algo me disse: “por que não?”. O novo
restaurante parece bem interessante e, quem sabe a comida não é mais gostosa,
cheirosa, leve e até mais bacana que a “conhecidinha” comida com a qual você já estava “acostumadinha”?</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT">Entrei boladona, apesar da fome. Comi, curti,
gostei. Aliás, gostei muuuuuito! Melhor ainda: me deliciei! Que apetite novo
foi despertado! Ao entrar vi que o espaço interno era muuuuito mais
aconchegante e agradável que o outro restaurante e, a comida, sem sombra de
dúvida muito melhor. A aparência do restaurante era bela, mais iluminada e
muito <i>clean</i>. A comida era mais nutritiva, muito mais leve, bem mais saborosa,
melhor textura e o visual então, nem se fala, dispensa comentários. Havia uma
farra gastronômica a minha disposição e eu, timidamente, mal tinha conhecimento
que aquelas opções de tortas, saladas, carnes e massas estavam ali, ao meu
dispor, tão perto e tão desconhecida até aquele momento. Aaaah a porra dos
antolhos, lembrei!!! </span><br />
<span lang="PT"><br /></span>
<span lang="PT">Sucos maravilhosos também estavam no cardápio para saciar
a minha sede. As opções de sobremesas eram intermináveis e com água na boca,
devorei uma de minhas favoritas: torta alemã. Saciada e querendo voltar lá em
uma próxima e oportuna vez, almoço ou jantar talvez, mordi os lábios e passei a
língua bastante satisfeita com a minha nova aventura gastronômica. Fiquei tão
bem alimentada que me senti disposta a fazer muitas outras coisas produtivas
pelo resto da semana. Minha energia se multiplicou e o dia foi finalizado
somente as 22:30 na esteira da academia, ofegante, suada, extasiada, após minha
<i>running class</i>. O que uma boa nutrição não faz pela vida de uma pessoa né? Os
anoréxicos em todos os sentidos (que negam a necessidade de se alimentarem) que
me perdoem, mas comer bem é fundamental!!!</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT">Pois é, a vida é assim, quantas vezes ficamos
literalmente agarrados ao passado, ainda que o restaurante que achávamos que
nos nutria tenha fechado as portas na nossa cara repentinamente. Ficamos muitas
vezes sentados diante dele, nos perguntando porque fechou e o pior, morrendo de
fome querendo ser fiéis a nossa preferência por aquela comida, que não está
mais disponível para você. </span>Aaaah a porra dos antolhos!!!</div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT">Quando nos damos a oportunidade de experimentar
novos sabores, texturas, aromas e prazeres, podemos perceber o quão estávamos intoxicados
por um consumo sem nutrientes, com alimentos incompatíveis (há tempos) com a
nossa nova forma de vida, que nos fazia mal, além de nos deixar desnutridos e
muitas vezes até com fome. Parecíamos mal educados diante daquela comida e até
insaciáveis e sentíamos que tínhamos “defeito” por querer comer tanto aquela
porcaria. E aquela comida indisponível parecia nos colocar no lugar de mendigos
famintos e adictos por mais comida. Mas, fato é que a comida era inconsistente,
pobre em nutrientes, escassa em quantidade e rara em qualidade. Então, fodam-se os antolhos!!!</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT">Se o restaurante fechou ou te deixou com fome
ou passando mal muitas vezes, pense bem se não está na hora de visitar outros
aprazíveis centros gastronômicos. Você pode se encantar e se surpreender com a
vida e consigo mesmo, principalmente sobre o fato de você ter assumido a
personagem clássica diante da vida de “catador ou catadora de migalhas”. Mande o restaurante e os antolhos pra puta que o pariu!!!</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT">Está na hora de se fartar de vida e prazeres saborosos
e mais nutritivos. Catar migalhas é pra passarinhos, faz tempo que está na hora
de virar uma águia. Que venham os voos cada vez mais altos e belos!!! Aliás
quanto mais altos os voos, mais perto do sol, mais quentes, mais iluminados… Ótimos
<i>hot</i> voos!</span></div>
Claudia Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/15835524742834117463noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8492101543543985623.post-38069982772806698522013-01-08T00:33:00.002-02:002013-01-08T00:40:13.232-02:00Controle de alto risco<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxa0-R-v1yFDrqrnOED2UCiBc_utZgY6_ExOZoNyO56yEPElRer_jiI7xNJnkJOs26iGHOtAQjZMK6CSkPmsPpNoQyApihgzjeVItFadJtEar4iilL_iiO39RhN-aOZqF-1xosz_XLrlha/s1600/1287842265tarjapreta2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="123" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxa0-R-v1yFDrqrnOED2UCiBc_utZgY6_ExOZoNyO56yEPElRer_jiI7xNJnkJOs26iGHOtAQjZMK6CSkPmsPpNoQyApihgzjeVItFadJtEar4iilL_iiO39RhN-aOZqF-1xosz_XLrlha/s200/1287842265tarjapreta2.jpg" width="200" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Ela levanta bem cedo, espreguiça, toma o seu <i>Prozac </i> e coloca um copo de leite durante um minuto e
meio no microondas, depois passa para a xícara (porque o copo esquentou demais)
e então mistura com o café e coloca uma gota, apenas uma gota de adoçante na
xícara, mistura com a colherzinha, toma o seu complexo de aminoácidos e vai pra
academia.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i>Tudo sempre igual pra garantir, que de alguma forma, ela tem
algum controle sobre a sua vida. </i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Volta rápido depois da sua corrida na esteira e da série
intercalada de exercícios de musculação. Não deu tempo de fazer a aula de
alongamento. Corre, dá o café da manhã pro filho, beijo na bochecha e vai
trabalhar. Faz de novo tudo sempre igual, chega antes no trabalho, bebe água,
liga o ar e dedica-se cuidadosamente as
questões que foram colocadas em análise em seu ofício. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i>Tudo sempre igual pra garantir, que de alguma forma, ela tem
algum controle sobre a sua vida. </i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Então ela volta do trabalho, estuda, dá atenção pro filho,
coloca a produção textual em dia, arruma
algumas coisas, retorna as ligações, lembra que tem que comer alguma
coisa, toma um banho e tenta dormir.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i>Tudo sempre igual pra garantir, que de alguma forma, ela tem
algum controle sobre a sua vida. </i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Então, quando o dia acaba, todos dormem e a noite já caiu há
algum tempo, ela inicia as análises da sua vida, do seu dia, sente falta
daqueles que se foram e que deixaram marcas, sente saudades do amor que ainda
não viveu, sente a lua tocar o seu rosto arrancando uma e depois algumas
lágrimas, sente o cheiro dos seus medos, sente a sensação dos gritos do seu
coração, ouve o toque suave da brisa da noite e sente o olhar das folhas que
caem das árvores. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i>Tudo sempre igual pra garantir, que de alguma forma, ela tem
algum controle sobre a sua vida. </i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Então não consegue dormir e pensa que o outono está por vir, vai chegar de mansinho
trocando as folhas, caindo a temperatura e trazendo calma, quietude e descanso
para a alma, porque a noite, não temos de verdade controle sobre nada.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i>É tudo sempre diferente pra permitir, que de forma alguma, a
alma se sinta aprisionada sobre a vida.</i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Ela tomou um <i>Rivotril</i> pra reaprender a dormir e só então depois voltar a sonhar.Ela acordou depois de conhecer e não lembrar mais de nenhum
sonho esta manhã. Onde foram parar os seus sonhos? </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Claudia Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/15835524742834117463noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8492101543543985623.post-1583121460736559462012-12-31T21:11:00.002-02:002013-01-06T23:41:37.438-02:00Precisamos é de um início de mundo novo<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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Daqui a menos de 3 horas fogos de artifício, luzes no céu, o
tilintar de taças de bebidas, música, risos, abraços, distâncias e lágrimas
marcarão o evento da virada do ano. Um ciclo proposto se finaliza com o
respectivo balanço e a lista com as novas metas desenha as mudanças almejadas.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Nos últimos tempos, falou-se<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>muito dos últimos dias para o fim do mundo. É surpreendente como uma
pedra na cabeça, seja uma doença grave ou um anúncio de fim do mundo é capaz de
desvelar os desejos mais profundos e verdadeiros das pessoas, mudando a
perspectiva e até o comportamento de muitos de nós.<br />
<br />
Há quem fale sobre não
querer findar sua história sem ter sido mãe ou pai, há aqueles que desejam um
mundo mais igualitário, onde todos pudessem se despir dos seus valores (morais
e financeiros) e saíssem as ruas completamente nus de todos os seus pudores e
horrores e, despidos dos seus preconceitos<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e crenças.<br />
<br />
Tem
aquelas pessoas que se lembram da música <i>“(...) andava pelado na rua, transava
sem camisinha (...)”</i>, liberdade tamanha é o que se quer <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e outras que gostariam de falar umas verdades
para uns e outros. Ainda na lista, fazer uma festa rave com os amigos ou
plagiar novamente o Paulinho Moska <i>“(...) abria a porta do hospício,</i> <i>trancava a
da delegacia, dinamitava o meu carro, parava o tráfego e ria (...)”</i>.<br />
<br />
Alguns
desejam voltar para a sua terra natal ou até simplesmente viver mais um pouco
para realizar tanta vida que há dentro de si. Há quem deseje abrir o jornal e
ler uma matéria dizendo que as desigualdades sociais acabaram e que todos se
sentem e são realmente iguais. Vontades simples como sentar-se para beber uma
boa Stella Artois gelada, beijar na boca e esperar o fim também faz parte dos
desejos de fim de mundo. Dizer tudo o que for importante para as pessoas
importantes pra que nada fique por dizer e encher de amor as pessoas queridas é
o que tem pra antes do fim do mundo também.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
É interessante como essa profecia foi capaz de despertar os melhores
desejos mas também de precipitar as mais bizarras atitudes, desde término de
relacionamentos, construções de abrigos subterrâneos com armazenamento de
alimentos e festas reunindo pessoas para celebrar a fatídica “última vez”
juntos.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Palhaçada do cacete!!! O fim do mundo já acontece faz tempo
e ninguém vê?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O fim do mundo se traduz mesmo é no egoísmo com que as
pessoas conduzem as suas vidas, olhando só para a sua própria história.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
O fim do mundo se vê nos olhos de uma criança passando fome
de comida, de afeto, de proteção e de família.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
O fim do mundo se expressa na escolha da solidão das pessoas
em detrimento a partilha do amor.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
O fim do mundo se inscreve no sistema político corrupto dos
candidatos que elegemos e que, não acompanhamos.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
O fim do mundo é tirar a roupa para alguém quando se quer
despir a alma para o amor.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Fim do mundo é não sorrir quando se vê uma criança feliz ao
brincar com uma borboleta.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Fim do mundo é querer ficar só porque acha que se relacionar
dá muito trabalho.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Fim do mundo é não ter pelo menos um amigo que você possa
ligar na madrugada aos prantos porque levou um pé na bunda.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Fim do mundo é ser definido pelo que você fez a mais ou de
menos, mas não por tudo que você é.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Fim do mundo é ir embora sem nunca ter chegado de verdade.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Fim do mundo é enganar a si mesmo, quando seus olhos denunciam
outros desejos.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Fim do mundo é não ser humano de verdade.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
O fim do mundo enfim, se lê na falta de amor, de respeito,
de companheirismo e de cuidado entre nós.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
O fim do mundo está acontecendo há tempos e quase ninguém vê.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
O fim do mundo já foi, está na hora de reconstruí-lo diferente
e isso, cabe a cada um de nós.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Um novo ano para todos nós, com atitudes, perspectivas e
sentimentos melhores do que antes! Vamos inaugurar um novo mundo porque dia 21de dezembro de 2012
ele não acabou. Sejamos melhores e maiores que as nossas vaidades e egoísmos. Que venha 2013!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Claudia Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/15835524742834117463noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8492101543543985623.post-17436616090694541342012-12-01T19:21:00.003-02:002012-12-13T21:43:36.252-02:00Amores, bundas e pé na bunda<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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O pé na bunda <b>(apesar da dor física insuportável, que reflete diretamente e de forma aguda no peito, irradiando no coração a sensação de ter sido triturado)</b>, gera impulso e força para se seguir em frente e por isso, pensando
bem, deveria ser chamado de pé na estrada.<br />
<br />
Quando levamos um desses e, diga-se de passagem: <b>QUE MERDA!</b> temos a
oportunidade de sair por aí com a bunda na estrada, cabelo ao vento e sem direção.
No início essa cena não parece nem um pouco hollywoodiana, até porque dói pracaralho, mas depois que se
reaprende a ser feliz colado em sua própria companhia, é só empinar a bunda,
colocá-la na estrada, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>refazer o pacto
com seu amor próprio e brindar com o espelho.<br />
<br />
Pior quando “o” ou “a” debandante propõe: <i>“vamos dar um tempo, encare isso como
um tempo separados.”</i> Putz, tradução: <i>“pessoa babaca, fica aí me esperando com
esse miserável e inconsolável coração enquanto eu ponho o pé na estrada e, se
eu me arrepender, volto para o seu colo quente me aguardando.”</i><br />
<br />
Ô coisa deprimente término de relacionamentos! A gente nunca vai ficar
satisfeito (a) mesmo. Não tem jeito, você entrou com a bunda e o outro entrou
com o pé, não há como ter uma finalização harmoniosa e igualitária. Não tem
como ser digno. Ficar se questionando se foi por e.mail, se levou 5 minutos
dentro do carro, se foi por telefone, na semana do seu aniversário, se foi
inesperado, não importa, o essencial é que não será mais. Pare de chorar
pitangas, amoras ou saudosos amores! A-C-A-B-O-U!<br />
<br />
Acredite, ficar tentando entender o que você fez a mais ou de menos,
identificar onde foi que errou, o que passa na cabeça de quem chutou a sua
bunda, se tomou toddynho estragado, se foi ele (a) ou você quem deu defeito, se
há outro ou outra na parada, se os astros estão de mau humor, se combinam ou
não,<br />
E-S-Q-U-E-CE! Nada disso te servirá para porra nenhuma.<br />
<br />
Fato é: ele ou ela, não está mais ou nunca esteve a fim de você! A verdade peladona é que não houve disposição suficiente para resolver
conflitos, transformar as crises em oportunidades, as diferenças em atitudes
respeitosas e as conversas honestas em intimidade. Resumindo, não houve amor!<br />
<br />
O sociólogo Bauman nos convida a uma reflexão no seu livro “Modernidade líquida”
(vale a pena conferir) sobre a individualização nos dias de hoje pois <i>“(...) o
que aprendemos antes de mais nada da companhia de outros é que o único auxílio
que ela pode prestar é como sobreviver em nossa solidão irremível, e que a vida
de todo mundo é cheia de riscos que devem ser enfrentados solitariamente.”</i><br />
<br />
Pena que muitas pessoas não acreditam mais que os relacionamentos podem
trazer uma realidade alternativa, tornando os problemas mais fáceis de serem
manejados, quando confrontados e trabalhados em parceria. As relações hoje são
instantâneas e descartáveis, deu defeito eu me desfaço, elimino, jogo fora!
Ninguém quer consertar, reconstruir ou cuidar de mais nada. E isso vai de
celulares aos relacionamentos, tudo tão líquido, instantâneo, descartável.<br />
<br />
Nesse ponto tenho um saudosismo meio masoquista pelas histórias de alguns
casais, a maioria de “antigamente”, quando as pessoas eram mais dispostas a
consertarem, negociarem e reconstruírem as coisas. Deu defeito, a gente
conserta, está doente, a gente cuida, está triste, vou te arrancar um sorriso,
está sem ânimo, vamos buscar juntos uma solução, faltou a grana a gente junta o
que tem. A questão era trabalhar em conjunto, lado a lado. É lógico que não há
como mumificar os processos, o mundo mudou, as pessoas mudaram, as gerações
anteriores sofreram várias pressões e atravessamentos para não se separarem,
mas em contrapartida as relações não eram tão descartáveis assim.<br />
<br />
É tanto, que pasmem, é possível um ex. casal se cruzar na rua após o rompimento
e se cumprimentarem com um tchauzinho patético. Lamentável essa cena
cretinizante e insignificante pós relacionamento. “O” cara ou “a” cara
partilhou dissabores e sabores contigo, drama e cama e, ops, derepente você
pensa: que triste! Talvez fosse melhor nunca ter cruzado pela primeira vez com
essa figura, quiçá agora, nessa faixa de pedestres.<br />
<br />
Pior ainda são as explicações pra boi sonhar após tomar Rivotril. São mais
trágicas muitas vezes que o rompimento em si. Porra, pára com essa lamúria de
merda! Faltou amor e pronto!<br />
<br />
Simplesmente agradeça o pé na bunda e saiba que as maiores inspirações e
criações emergem depois de histórias de horror e dor. A cantora e compositora
britânica Adele, estourou mesmo com toda a sua potência após seu namorado ter
virado fanta uva, tendo preferido a cheirada no cangote de outro marmanjo à voz
melodiosa da Adele ao pé do ouvido. Pois é, a vida é assim...<br />
<br />
Podem me chamar de conservadora mas sou mesmo pré-histórica. Gosto mesmo
é das coisas e pessoas com as quais já tenho uma relação de intimidade,
gosto de celular que já sei mexer, aquele antigo que já sabe até a hora
de me acordar e só troco quando não tem outro jeito. Gosto daquela
conchinha tão perfeita que já tem o formato da sua bunda na barriga do
outro e, é uma delícia amanhecer com a orquídea que você tem tatuada nas
costas na pele do outro. Adoro aquele vestido que tem história, amo
cheiro que tem memória. Gosto mais dos sapatos que já tem o forma do meu pé. Curto aquelas ruguinhas que mostram a doçura e
um certo embaraço no sorriso do ser amado.<br />
<br />
Verdade mesmo é que, quando “o” cara ou “a” cara quer, faz acontecer juntos
e, é claro, vocês se tornam muito melhores e mais potentes.<br />
<br />
Aceite que você deixou de ser (ou nunca foi) aquele sucesso deslumbrante, aquela cor cintilante, uma atração estonteante, um
prazer inesperado, para se tornar uma perturbação ambulante na vida do outro (ou
um caminhão de problemas como já ouvi por aí).<br />
<br />
<b>Mas vejam bem, verdade, verdade mesmo, verdade mesmo de verdade (pra mim é
claro) é que UM GRANDE AMOR é fácil de se reconhecer, ele APENAS PRECISA SER
COMO A BUNDA: MERDA NENHUMA SEPARA.</b><br />
<br />Claudia Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/15835524742834117463noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8492101543543985623.post-18714033074475370262012-03-15T22:33:00.008-03:002012-12-04T18:17:19.220-02:00Simplificando a vida...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjniMttIk3prxenOVp3I8qeKMuyn86HnwUUZNbuu1k2CsXFRhyphenhyphen_QGrtljvNEiUyhzgqfb-VwCRxMEXfRRAtCaGXz3keSKApI3V67pCubAix_2VvUL7LBBF5yPwsWXF5O7y8txCYcu0BjbZY/s1600/bot%C3%A3o+do+foda-se.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="183" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjniMttIk3prxenOVp3I8qeKMuyn86HnwUUZNbuu1k2CsXFRhyphenhyphen_QGrtljvNEiUyhzgqfb-VwCRxMEXfRRAtCaGXz3keSKApI3V67pCubAix_2VvUL7LBBF5yPwsWXF5O7y8txCYcu0BjbZY/s200/bot%C3%A3o+do+foda-se.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT">Eu sempre imaginei que não faria sentido algum envelhecer, ver o corpo “empelancar”, o rosto virar papel crepom, o cabelo mudar de cor (de preto para branco e/ou cair), a memória falhar (amostra grátis do Alzheimer), a barriga crescer e a bunda cair. Preferia que a barriga se extinguisse e a bunda crescesse, por exemplo. Há de se ter um propósito, se não houvesse ganhos que compensassem esses e muitos outros déficits. Porra, essa história de "melhor idade" não me convence.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT">E, finalmente na proximidade dos 40, as respostas começam a aparecer, uma atrás da outra, como se muitas coisas passassem a fazer sentido somente agora. Mas, a melhor de todas as minhas descobertas dos últimos tempos posta em prática, graças a uma antiga ajuda de Millôr Fernandes, quero partilhar com vocês.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT">Eu descobri que viver pode ser mais simples do que se imagina. Sempre achei o sistema binário fácil de se lidar: sim ou não E PONTO. Na música, ao compasso,</span><span lang="PT"><span style="float: none; orphans: 2; widows: 2; word-spacing: 0px;"> o ritmo é formado por 2 tempos</span><span lang="PT" style="background-attachment: scroll; background-color: white; background-image: none; background-position: 0% 0%; color: black; font-family: Arial,sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">. </span></span><span lang="PT">Essa simplificação da função binária, apresentando apenas 2 variáveis, embora medíocre, torna a vida mais fácil.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT">Mas algo nesse <i style="mso-bidi-font-style: normal;">modus operandi</i> ainda não encaixava o meu lego. Eu queria mais… Então, coloco em prática a nova função, o sistema de respostas trinário. Um cientista americano descobriu um planeta com 3 sóis e vejam um dos comentários: "com 3 sóis, a vista do céu deve ser de outro mundo - literalmente e simbolicamente." Ou seja, um sistema trinário é muito bem vindo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT">A vida então, com 3 variáveis, vejamos com o 3º elemento:</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT">( ) sim</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT">( ) não</span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span lang="PT">( ) foda-se</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT">Agora sim, tudo fez sentido. Há 3 respostas para as questões: sim, não e foda-se. Plenamente possível viver apertando somente 3 botões. Já experimentou? Tenta só! Dá até pra refazer uma música: <i>e a vida o que é, diga lá meu irmão, sim, não e foda-se, é bonita, é bonita e é bonita...</i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT">Então, de acordo com Millôr Fernandes em “Palavrão - uma terapia”: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">“o nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de ´foda-se!´ que ela fala. Existe algo mais libertário do que o conceito do ´foda-se!´? O ´foda-se!´ aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Me liberta.´Não quer sair comigo? Então foda-se!´. ´Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!´. O direito ao ´foda-se!´ deveria estar assegurado na Constituição Federal. Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se."</i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT">Na verdade, de forma diametralmente oposta, ao mesmo tempo que o “foda-se” te recoloca em seu eixo, também traz a tona a constatação do total descontrole que temos sobre as situações…</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT">É quando percebemos que não podemos controlar alguma ou nenhuma (o que é mais comum) variável do problema. Seu filho não quer comer e você já tentou de tudo: foda-se (uma hora o pela-saquinho vai sentir fome e pedirá biscoitos, você então entuba a comida). Seu namorado não te corresponde: foda-se (uma hora um concorrente – ou vários – vai querer fazer história ao seu lado, rendendo galanteios e muitos elogios para você, e então, o retardatário se manca ou leva um cartão vermelho). Seu cliente não gostou do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">job</i> que você fez com tanto empenho: foda-se (ou você refaz e aprende pra caralho com as críticas recebidas ou perde o cliente). </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT">Tentava ontem mesmo explicar ao meu filho o que é ser um gay, já que ele tinha convivido com alguns na festa de uma amiga. Mas lá, o gay vestia-se de homem, com trejeitos femininos ou melhor exageradamente delicados e, expliquei que apenas “é um cara que gosta de namorar outros homens”, disse-lhe. Logo depois, na Lapa, ele viu alguns travestis e perguntou a respeito, respondi que aqueles eram caras que queriam ser mulher, por isso se vestiam de mulher, pois gostariam de ter nascido em um corpo feminino Então ele perguntou: "igual ao fulaninho?". Referindo-se a um amigo hetero, que no último Carnaval, vestiu-se de mulher na farra do bloco das piranhas e, apesar de muito muito muito macho, estilo Homem com H maiúsculo, foi eleito a “Musa da Fauna”, pois travestia-se com um macacão "vem cá me chupa todo", apertadaço, a moda tigresa, completamente vazado, com arquinho de girafinha nos cabelos e maquiagem tipo "Priscila: a rainha do deserto". A "Musa da Fauna", como ficou conhecido, arrancou suspiros, elogios e notas dos trausentes nas categorias: “Jesus!!!”, “Minha nossa senhora!!!”, “Caralho!!!” e até Deus não foi poupado “Meu Deus, o que é isso?”. Aí deu nó na cabeça do moleque!!! E, teve uma hora que ele disse: "mamãe, esquece!". Eu obedeci, já estava mesmo falando um monte de merda, sem sentido algum.</span></div>
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<br /></div>
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<span lang="PT">Não é binário, nem trinário, é sem explicação, foda-se! Não tinha o que dizer... Apenas respondia: sim, não e, nem o “foda-se” deu conta. Talvez nos próximos posts, pense em algum outro botão: tipo “caguei”, será?</span></div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhllUjuY0l9ph2HLQLMOtG5f-PWb4BbpMSisV-R5bwDjt-Qezka9b2OQRcn34CeXjvKZfqfLwPsIfbmNBOlt3E0gtJ0ojtiSgmn2aI6rNPKGQaz4K5abCuwF-wqqnvRCeW7Vn6pbs0DLaVs/s1600/bot%C3%A3o+do+caguei.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="85" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhllUjuY0l9ph2HLQLMOtG5f-PWb4BbpMSisV-R5bwDjt-Qezka9b2OQRcn34CeXjvKZfqfLwPsIfbmNBOlt3E0gtJ0ojtiSgmn2aI6rNPKGQaz4K5abCuwF-wqqnvRCeW7Vn6pbs0DLaVs/s200/bot%C3%A3o+do+caguei.jpg" width="200" /></a></div>
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<span lang="PT">Enfim, o foda-se te desobriga a ter responsabilidade por aquilo que você não pode controlar, mesmo que em todas as ocasiões você tenha dado o melhor de si. Até que gostaria, mas não depende só de você. Comer depende do apetite do pirralho, a correspondência do amor do seu namorado só depende do desejo ( que deve ser espontâneo) dele, o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">job</i> depende do gosto e da opinião do cliente. </span></div>
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<br /></div>
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<span lang="PT">E as novas modalidades afetivas, sexuais ou nos figurinos? Estes estão se atualizando mais rápido que o futuro, nem eu, simpatizante que sou, acompanho. Me traz de volta do futuro e me faz desaparecer? Peço que me atualizem e me orientem sobre o que dizer ao meu filho. Não sei mais quem é quem, o que faz, por que faz e pra quem faz. Ou seja, não podemos ter controle em nenhum dos casos sobre o desejo do outro e, nem tampouco ter entendimento sobre o comportamento social, cultural, sexual, etecetera e tal, então: foda-se!</span></div>
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<span lang="PT">Foda-se também pode ser traduzido por: “entrega para o poder superior, ou seja, dá mais trabalho pro cara lá em cima já que tu é preguiçoso pra carai”, “não há nada que eu possa fazer por você, então vaza e vai se masturbar”, “que problemão hein, e teu, então vai relaxar e gozar!”, “deixa a vida me levar ou te levar”, "vai para a casa do pênis", “segue o fluxo”, “deixa ao acaso”, "vai fazer tempestade em tampinha de xarope", "vai viajar num <i>container</i> de maionese", há tantas variações de significados. E, na interpretação mais profunda (na minha opinião) e mais real de todas: foda-se = vai se masturbar (só assim podemos nos foder) = ter orgasmos = momentos de grande prazer na vida.</span><br />
<br />
<span lang="PT">Então, no ruim de tudo, mesmo você achando que a pessoa que te disse isso quer o seu mal, ela está te estimulando a fazer algo de bom pra si mesmo e por si mesmo. Quer maravilha maior que essa? Então passe a dizer mais "foda-se" para as pessoas. É realmente terapêutico, principalmente para as anorgásmicas, são as que mais precisam se foder.</span></div>
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<span lang="PT">Se concorda, marque sim ( ). </span><br />
<span lang="PT">Se achou <i style="mso-bidi-font-style: normal;">trash</i>, faça uma cruzinha aqui no não ( ). </span><br />
<span lang="PT">Se nada disso te contemplou, então FODA-SE ( )!</span></div>
Claudia Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/15835524742834117463noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8492101543543985623.post-6303525283040287482012-03-08T21:42:00.005-03:002012-03-11T14:47:44.146-03:00Mulheres e roscas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixgn2INgyOviXStst6C1wgVT8apKQGrc4u5zs22iIDwuR8bkHo8edTRuF3EKCMGPttU4LJY_eaFinP9mk_pk1oXBirZ-yXT5a_jx0V20NAvlIKx7NeHoH2jiCojH-RHTJiu7S78jCR7SOJ/s1600/rosca-rainha-de-leite-condensado.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="124" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixgn2INgyOviXStst6C1wgVT8apKQGrc4u5zs22iIDwuR8bkHo8edTRuF3EKCMGPttU4LJY_eaFinP9mk_pk1oXBirZ-yXT5a_jx0V20NAvlIKx7NeHoH2jiCojH-RHTJiu7S78jCR7SOJ/s200/rosca-rainha-de-leite-condensado.jpg" width="200" /></a></div><br />
Gosto de acordar no dia 8 de março e observar o que a data significa em cada rosto, em cada aparente expectativa, tola ou nobre, no íntimo de cada coração feminino e mais, no ato de parabenizar de cada valete.<br />
<br />
<br />
Enquanto passava pelo Largo do Machado, apressada para o trabalho, ouvia um homem com uma caixa transparente gigante na cabeça, gritando: <i>“quem vai comer a minha rosca?”</i>, <i>“acabei de tomar banho e a minha rosca tá limpinha!”</i>, <i>“vem que a minha rosca tá pegando fogo”</i>, <i>“pega aqui minha rosquinha”</i> . E, lá se foi o homem que ofertava rosca pela calçada do Flamengo. Ele gritava e cantarolava oferecendo por toda a parte a sua rosca, enquanto homens e mulheres riam, olhavam e comentavam.<br />
<br />
No meio disso tudo, homens parabenizavam as mulheres, distribuíam rosas, bicicletas entregadoras de flores passavam por todos os lados e mulheres com buquês de flores nas mãos circulavam pelas ruas, com uma pitada de <i>glitter,</i> estampada em sua autoestima.<br />
<br />
Penso que muitos e muitas nem sabem o que a data significa, que os “parabéns” do frentista que abasteceu meu carro, do porteiro do meu consultório, do meu dentista, dos meus amigos é um mero ato agradador sem significado, pura publicidade. Alguns nem lembram, sequer mencionam algo sobre a data. Tem horas que dá vontade de pedir pra parar o mundo pra descer dessa merda... <br />
<br />
E eu honestamente fico dividida! Gosto dos galanteios masculinos (que mulher não gosta?), mas quase não me aguento, de formigamento mental, para perguntar se as pessoas sabem da história das mulheres que viraram "churrasquinhos", carbonizadas em uma fábrica pela luta por condições dignas de vida e trabalho. Elas só queriam reinvidicar pela diminuição da carga horária de 16 para 10 horas, equiparação salarial em relação aos homens e um tratamento respeitoso no ambiente de trabalho.<br />
<br />
Caramba, é por isso que a data existe!!! Por causa dessa desgraceira toda, resultado de uma manifestação reprimida com total violência, em 1857, no dia 8 de março, em Nova Iorque. E, essa história não é bonita como as pessoas fazem parecer!!! 130 mulheres operárias de uma fábrica foram brutalmente assassinadas, sem chances de qualquer negociação pelo direito à vida!!!<br />
<br />
Pois é, acho que a data é especial sim, em memória das que lutaram por causas nobres antes de nós e deve ser celebrada certamente, mas com a consciência de homens e mulheres que sabem o motivo da celebração. Que conhecem no cotidiano de suas relações, a alma de cada guerreira (carbonizada), contida em suas namoradas, esposas, mães, amigas, filhas ou simplesmentes damas trausentes nas ruas; que demonstram em seu jeito de agir, no seu tom de voz, em seu modo de expressão; o dom da renovação, as marcas da luta, a sensibilidade que acolhe e as lágrimas que curam, que fazem a diferença na vida de qualquer ser que conhece uma grande mulher.<br />
<br />
Ser mulher é ser dezenas de papéis, é usar colar e anéis, é não usar nada, é poder usar tudo, é ser modelo, é ser fotografada nua em pelo sem os seios, é amar flores, é ter TPM, é acalentar as crianças, é pintar as unhas de vermelho, é roer as unhas, é reclamar do elogio ou da falta dele, é brigar com o corpo, é fazer as pazes com a mente, é fazer charme sexual, intelectual, é se desenvolver no plano espiritual, é fazer lipo, é engordar e fazer a campanha pelas baleias, é ter fé no ser humano mas duvidar da vida, é gostar de andar descalça na areia, é curtir andar de salto alto, é ser pura contradição, é contradizer o seu próprio puro ser, é tudo isso e acima de tudo é exalar no olhar, no seu <i>modus operandi</i> a força capaz de regenerar pessoas, fazer valer ideais e transformar toda uma sociedade.<br />
<br />
Parabéns aos homens e mulheres que sabem o PORQUE celebramos esse dia, o resto, o resto é rosca!!! Receber ou dar os parabéns sem significado é como publicizar, aos gritos, algo estereotipado, como o vendedor de roscas... que, ao menos é muito, muito engraçado.Claudia Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/15835524742834117463noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8492101543543985623.post-32855128375635128312011-08-23T15:21:00.000-03:002011-08-23T15:21:05.496-03:00Entrega<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsIAP7P7u8slps0_NqaysWNSKssj797pb5l5aA2JTk9x0u_5fmIXX-s1mxwbPG4p1OiGGMVsqHjHVsTYc6gJ4GQpojpWBsZ3EKcw3KwMJ_4K3bDUoA8M3lSraH8hE-lCD7Lr0Wb8Pn5SO1/s1600/131.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240px" qaa="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsIAP7P7u8slps0_NqaysWNSKssj797pb5l5aA2JTk9x0u_5fmIXX-s1mxwbPG4p1OiGGMVsqHjHVsTYc6gJ4GQpojpWBsZ3EKcw3KwMJ_4K3bDUoA8M3lSraH8hE-lCD7Lr0Wb8Pn5SO1/s320/131.jpg" width="320px" /></a></div>Se me queres bem<br />
Mas não me tens sempre<br />
Te quero também sem amarra nenhuma<br />
<br />
Mas que droga de sociedade<br />
Que produz subjetividades<br />
E diz que as almas tem que virar apenas uma<br />
<br />
Gosto de dizer o que é bom pra mim<br />
Porque o mundo é feito de diversidades<br />
E não cabe imposição alguma<br />
<br />
Então deixa tudo como está<br />
A gente se encontra por espontânea conexão<br />
Já que é suficiente quaisquer desejo que nos una<br />
<br />
Quanto mais livres<br />
Mais amarrados estamos, sem planos<br />
Arrisco dizer que é um intenso amor que se aventura<br />
<br />
Só não o chamo de amor perdido<br />
Porque o encontrei<br />
Porém bandido, me assaltou por desventura<br />
<br />
Também não diria que é amor realizado<br />
Pois parece não querer ser publicado<br />
De toda forma me sinto tua<br />
<br />
Por isso fico toda nua<br />
Isso, fico toda nua!<br />
Fico toda nua.<br />
Toda nua...<br />
Nua, tua, toda.Claudia Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/15835524742834117463noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8492101543543985623.post-38845456624950791642011-07-18T21:50:00.003-03:002011-07-19T11:03:12.900-03:00Do apogeu à apneia, o amor está puto!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHgom7-8DG57uy7AfPBJaKk0BNwQWYqD_RDX3nNeHeIRI5BNcKzjiFrnqZVjLMj8feZM4gMzEp1LstKQdAzC7T46frB1RXV4ClkO4gCOIBFrmsvCW79Dq5P4mVXCl5YsN4zD8o7xwIAK7S/s1600/divrevoltada.png" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" m$="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHgom7-8DG57uy7AfPBJaKk0BNwQWYqD_RDX3nNeHeIRI5BNcKzjiFrnqZVjLMj8feZM4gMzEp1LstKQdAzC7T46frB1RXV4ClkO4gCOIBFrmsvCW79Dq5P4mVXCl5YsN4zD8o7xwIAK7S/s1600/divrevoltada.png" /></a></div>O amor está puto! Ele vive uma síntese perturbadora nos dias de hoje. Os desejos se colocam em justaposição ou em contraposição. A “falta de tempo” como justificativa e a clara indisponibilidade emocional, condição <em>offline</em> daqueles que assim se colocam X os disponíveis e generosos que colocam a sua autoestima em queda livre, esperando que o outro mude o seu status para <em>online</em> e assim se conecte numa relação.<br />
<br />
O amor está puto! Uma parte do amor é generosa e aceita a fome como condição de subsistência, a outra é masoquista, sofre e permanece faminta. Ainda assim, ele insiste em existir, não sabemos até quando.<br />
<br />
O amor está puto! Condenado a viver pra sempre, embora se limite com a vida curta, o amor quer um último recurso. Não sabe bem o que fazer nos tempos modernos.<br />
<br />
O amor está puto! Assim, entrou em colapso e, desesperado, sem falta de cuidado, sentou e chorou abraçado com a tristeza. Lamentou por ter sido tratado com tanta falta de gentileza e ausência de reciprocidade.<br />
<br />
O amor está puto! Solitário, ele decidiu partir, mas não antes de procurar compreensão na razão das palavras. Burro? Não, não é. O amor é sábio, ele não é de graça, ele quer disponibilidade, carinho, atenção e reciprocidade, embora muitos insistam em dizer que ele é totalmente gratuito e incondicional. Então, voltemos a busca pelas palavras que possam socorrer o amor. <br />
<br />
O amor está puto! E eu, particularmente, a autora desse texto, adoro brincar com as palavras, elas exalam sentimentos e tem vida própria na mensagem que meu cérebro envia para as minhas digitais. Elas dançam e rodopiam na minha cabeça despretensiosamente, da mesma forma que dizem por aí que sou escritora. E eu vou organizando cada uma delas delicadamente na tela do computador, enquanto afoitamente as digito. Coloco pra lá e pra cá, edito, busco outros significados e lá vão elas, redefinindo, desenhando outros código na minha cabeça e na dos meus leitores. Às vezes, um palavrão é insubstituível e nada daria conta de manifestar o que amor está sentindo, por isso ele está tão desbocado.<br />
<br />
Afinal, o amor está puto! Então, procurou a letra “A” no dicionário, tal onde mora catalogado entre outras diversas atribuidoras de significados e significantes. Encontrou algumas palavras vizinhas que pudessem oferecer sentido a sua falta de sentido: apogeu, apodrecer, apoderar, apocalipse e apneia. <br />
<br />
O amor puto então, atingiu seu auge, passou do <em>timing</em>, tomou posse e suspendeu a respiração, sufocou.<br />
<br />
O amor continua puto! Diante de tais palavras, sucumbiu asfixiado de tanto egoísmo e hostilidade a sua volta. O amor pela primeira vez se viu covarde e, é claro, puto!<br />
<br />
Do apogeu à apneia, o amor só queria um pouco de poesia. Quem sabe em outro lugar, algum dia. Por enquanto o amor só sabe que está puto e que, a partir dos encontros é que ele se transforma e assim, modifica o mundo. <br />
<br />
O amor sabe que é dele que podemos extrair o melhor material que constrói a nós mesmos e consequentemente a um mundo melhor, por isso ele está tão puto!Claudia Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/15835524742834117463noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8492101543543985623.post-4830380136982107722011-07-13T10:59:00.007-03:002011-07-17T23:56:40.190-03:00Não há como voltar a ser como antes<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFkFtexw8qCyqrOo5NlEyF4py0pzbreQnUo7hd8j9_DJCkzs17TNOHBhTNktGHcw5nt7eGEI9OsVRWKRlswm5aJUF2K7oh1PMYZLxxYnOb_VowG2RQ7VD7fidSNsVb7m4ipCEVp2kNbzCu/s1600/Tempo+Mudando.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" m$="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFkFtexw8qCyqrOo5NlEyF4py0pzbreQnUo7hd8j9_DJCkzs17TNOHBhTNktGHcw5nt7eGEI9OsVRWKRlswm5aJUF2K7oh1PMYZLxxYnOb_VowG2RQ7VD7fidSNsVb7m4ipCEVp2kNbzCu/s320/Tempo+Mudando.jpg" width="310" /></a></div>Fui tua, foste meu, que mais queremos?<br />
<br />
Ainda somos talvez por ontem ou daqui a dois segundos, algo que não sabemos: o que desejamos um no outro, o que queremos um do outro, as linhas de fuga de duas vidas que seguem lado a lado dispostamente atraídas. Pra que, por que, pra onde, como?<br />
<br />
Uma mulher e tampouco um homem, não navega nunca no mesmo mar novamente, muitos peixes, seres viventes e banhistas mergulharam nessas águas, modificando os mares e os mergulhadores. Pitágoras já dizia: "um homem não pula duas vezes no mesmo rio". Nenhum dos dois é mais o mesmo depois da aventura do mergulho. As águas do rio passam e o homem se transforma. Então, pra que insistirmos em sermos como éramos antes? Não seremos!<br />
<br />
Devemos aprender a gostar de ser como agora, depois de tantas experiências, mergulhos e aventuras. Esse é o aprendizado estruturante da vida, com todas as suas delícias e frustrações.<br />
<br />
Pessoas me procuram em meu consultório me pedindo implicitamente em suas queixas: "eu quero ser como antes" e elegem determinada época e situação de sua vida, interpretada agora como feliz.<br />
<br />
Eu sempre frustro as pessoas com as quais trabalho e convivo, a fim de ajudá-las nessa reedição. Eu digo um "não" estruturante: "situe-se, essa missão é simplesmente impossível no tempo e no espaço."<br />
<br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Não sejamos idiotas e não vamos agir como dois. Se você por acaso conseguisse ser como antes, o resultado trilhado por este caminho seria exatamente o mesmo, como agora, um ser frustrado a minha frente pedindo pra retroceder no tempo e no espaço. </div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Então eu convido : "Quer aprender a usufruir do "ser" como agora?" "Quer tornar-se 'vir- a-ser' depois de antes e de agora, algo novo?"</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Construo o meu caminho junto com aqueles que o cruzam, mais ou menos assim: </div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Para ALÉM do cogito, o impensado</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"> das experiências, o transcendental</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"> do planejado, o inusitado!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Eu quero! Vem comigo inusitado, aqui tem espaço pra você! A nossa memória pode ser uma interessante ilha de edição ao invés de ressuscitarmos um cemitério inteiro de tudo que não nos serve mais, contaminando todas as nossas novas experiências. </div><br />
<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"></div>Claudia Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/15835524742834117463noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8492101543543985623.post-4070773711226698622011-06-12T18:40:00.003-03:002013-09-19T19:36:11.667-03:00Agora nada!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
Eu sabia que seria intenso me entregar<br />
Eu sabia que seria intenso<br />
Eu sabia que seria<br />
Eu sabia<br />
Eu queria ser amada profundamente<br />
Eu queria ser amada<br />
Eu queria<br />
Eu apenas vivia com os sentimentos a flor da pele<br />
Eu apenas vivia com os sentimentos<br />
Eu apenas vivia<br />
Eu morria de vontade de amar de novo<br />
Eu morria de vontade de amar<br />
Eu morria de vontade<br />
Eu morria<br />
Eu sonho em algum momento renascer<br />
Eu sonho em algum momento <br />
Eu sonho com alguém<br />
Eu sonho<br />
Nada agora parece ter sentido pra mim, tudo está vazio<br />
Nada agora parece ter sentido pra mim, tudo está<br />
Nada agora parece ter sentido pra mim<br />
Nada agora parece ter sentido<br />
Nada agora parece ser<br />
Nada agora <br />
Nada agora<br />
Nada<br />
Não se afogue...<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtfQ03QkJUDvFTuL1sXKT6TpXhoLVV2LVz-Alq1TwRRN3J9gJ0slaaCcR7N2tu9d9ZwO1t_RjKAPQ_0QDnVIjhmPgVp_elMhr-dGr6g7bx1uJOb80urbFW8EPu4v6_ATGXWOosBK82os0m/s1600/AFOGAR.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="356" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtfQ03QkJUDvFTuL1sXKT6TpXhoLVV2LVz-Alq1TwRRN3J9gJ0slaaCcR7N2tu9d9ZwO1t_RjKAPQ_0QDnVIjhmPgVp_elMhr-dGr6g7bx1uJOb80urbFW8EPu4v6_ATGXWOosBK82os0m/s400/AFOGAR.jpg" t8="true" width="400" /></a></div>
Claudia Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/15835524742834117463noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8492101543543985623.post-58269183437748871922011-06-09T20:14:00.003-03:002011-07-19T11:09:17.295-03:00Urbanita<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhStvZZLV6r8D_B4KpI1tDMK-5Z9ACWpOAkSPQ6UgL5A-fBFkqpisZZiHyRhYOlJdq0vcvvJAOumo3UAyQ2V9MZ9pQ6bTUuyyDHDob5xOW-agfL_coZB_PtQz0d7ijUDyroFHMFgcrNJSvr/s1600/nascer.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhStvZZLV6r8D_B4KpI1tDMK-5Z9ACWpOAkSPQ6UgL5A-fBFkqpisZZiHyRhYOlJdq0vcvvJAOumo3UAyQ2V9MZ9pQ6bTUuyyDHDob5xOW-agfL_coZB_PtQz0d7ijUDyroFHMFgcrNJSvr/s1600/nascer.jpg" t8="true" /></a></div><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div>Urbanita caminhava pela cidade procurando flores, poesia e alma<br />
Mas somente encontrava coração duro, heresia e ausência de calma<br />
Urbanita queria viver integrada à natureza<br />
Mas se surpreendia com tamanha destruição e avareza<br />
Urbanita desejava um pouco mais de vida<br />
Mas o que via era a imitação de uma estátua viva<br />
Urbanita adorava correr com os lobos<br />
Mas por infortúnio acabava se deparando apenas com tolos<br />
Urbanita não quer mais ser habitante da cidade selvagem<br />
E almeja ser na floresta a mistura daquela paisagem<br />
Urbanita se perde às vezes em desventuras<br />
Mas certamente tem sabedoria para usufruir de suas melhores aventuras<br />
Urbanita não quer mais receber apenas migalha<br />
Porque sabe que merece o amor pleno ou o sentimento que o valha<br />
Urbanita desperta!<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div>É só deixar a porta aberta...Claudia Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/15835524742834117463noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8492101543543985623.post-16325219082612582782011-06-09T00:17:00.005-03:002011-07-19T11:10:57.046-03:00Um dia...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgY70X6AE9RmC66TefgAoD_nCVnU9vu3qzaJ1kgVic9vAtwWoEjfY2WC_gStYpJjAT-Qmg_MK_5PL0KqkVsN-1A8d7xoDyv8H_Rqf_M_V_F6mG1nBrYVUXvdx9aIYPAyfE7_sJOj-yYvfUO/s1600/sonhar.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgY70X6AE9RmC66TefgAoD_nCVnU9vu3qzaJ1kgVic9vAtwWoEjfY2WC_gStYpJjAT-Qmg_MK_5PL0KqkVsN-1A8d7xoDyv8H_Rqf_M_V_F6mG1nBrYVUXvdx9aIYPAyfE7_sJOj-yYvfUO/s200/sonhar.jpg" t8="true" width="200" /></a></div>Um dia dei risadas até a bochecha doer <br />
No outro os olhos cerraram de tanto sofrer<br />
Um dia não encontrei palavras para expressar a dor<br />
No outro meu corpo manifestou a falta de amor<br />
Um dia acordei e as minhas células haviam se degenerado<br />
No outro dormi e os cabelos já tinham crescido de novo desgrenhados<br />
Um dia me revoltei imensamente por não ter um filho<br />
No outro lutei vorazmente por sua vida que esteve por um fio<br />
Um dia acordei e visitei meu pai<br />
No outro adormeci chorando seu luto pela vida que se esvai<br />
Um dia fui a filha do meio<br />
No outro senti saudades do irmão que se foi e anestesiei a dor que veio <br />
Um dia amei alguém desmedidamente<br />
No outro chorei a sua falta de entrega compulsivamente<br />
Um dia agradeci por todo o amor que sinto<br />
No outro lamentei profundamente por ele não ser correspondido<br />
Um dia o sol estava a brilhar<br />
No outro a noite não tinha luar<br />
Um dia acordei triste com o fim<br />
No outro brindei alegre ao novo início <br />
Um dia fui tão feliz que o brilho dos meus olhos<br />
Acendia lâmpadas e pedia bis<br />
Em outro minha fênix incendiada ao chão<br />
Desfalecia em meu corpo ardendo em febre de tanta solidão<br />
Um dia sentia a vida pulsar intensamente<br />
No outro, ensandecida, a memória se foi lentamente<br />
Um dia abri os olhos e lá ainda estava a minha vida<br />
No outro os fechei e não mais abri, era chegada a hora da despedida<br />
É por isso que sempre digo: a vida é tão hoje e tão curta<br />
Curta tão somente hoje o que amanhã já se encurta<br />
Hoje é o eterno, amanhã talvez seja só saudade<br />
Desperte-se antes de adormecer, aproveite antes de acordar<br />
Um dia sonhamos com uma vida<br />
No outro a vida é um sonhoClaudia Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/15835524742834117463noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8492101543543985623.post-65397076907835975492011-04-03T18:46:00.003-03:002011-04-04T18:28:12.756-03:00Quero, logo vivo!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCwVN_OZbeuB4LiWpe_OYHaoOy8hpAkoWxGX-XSJKBlKaTk49hfzfWz6jznS-viLmCI5i4qmEQStIPZm4cCMTsgqVQ7QaRbJCncHT1SFwd15Dq3yNra7jAQ2eFh3kYIYh42ak4-JvY46M5/s1600/muito-facil-e-divertido-de-se-fazer-eh-soh-deitar-na-neve-e-bater-as-asinhas-00106621.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="239" r6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCwVN_OZbeuB4LiWpe_OYHaoOy8hpAkoWxGX-XSJKBlKaTk49hfzfWz6jznS-viLmCI5i4qmEQStIPZm4cCMTsgqVQ7QaRbJCncHT1SFwd15Dq3yNra7jAQ2eFh3kYIYh42ak4-JvY46M5/s320/muito-facil-e-divertido-de-se-fazer-eh-soh-deitar-na-neve-e-bater-as-asinhas-00106621.jpg" width="320" /></a></div>Ultimamente ando um tanto confusa, meus sentimentos estão realizando um debate por aqui. Coisas do amor, existe um nó dentro de mim...<br />
<br />
Sabe, conheço pessoas que conviveram com seres ditadores, que já se foram nas suas vidas, mas a ditadura, a instituição prisional, o próprio algoz, continua dentro delas. Elas continuam a viver numa prisão, só que agora sem celas.<br />
<br />
Mantém valores e atitudes que correspondem ao seu tempo de institucionalização, a submissão ao ditador e, esquecendo da dor de ser objeto do desejo do outro, muitas vezes se tornam déspotas, querendo submeter outros ao seu desejo. Assim, passam a praticar o despotismo a que foram submetidas.<br />
<br />
Essas pessoas perdem aos poucos a conexão com as suas emoções, se despersonalizam e congelam sentimentos. Certamente essas reações ajudaram a sobreviver aos tempos de prisionização. O problema é que a prisão é reproduzida a cada agenciamento das suas relações, mesmo agora em liberdade. <br />
<br />
Lamento tanto por aqueles que cumpriram pena apenas por sua omissão. Seu erro foi somente deixar de querer e deixando de querer deixou de viver os seus desejos, passou a desejar o desejo do outro...<br />
<br />
Tão bom admirar a sua criança acordando e dizendo: “Mamãe o dia já chegou, olha, tá chovendo, quero colocar as minhas botas e pisar nas poças de chuva pra espirrar água por todo lado e fazer pleque pleque!”<br />
<br />
Tão fantástico roubar os sorrisos de todos os seus amados amigos e ser chamada por um deles, aos risos, de cleptomaníaca!<br />
<br />
Tão mágico amar intensamente e poder dizer isso, sem ser julgada, ao mesmo tempo que se é correspondida!<br />
<br />
Tão simples se deliciar com pequenas idiotices do amor, como ver o amado se espreguiçar pela manhã, fazendo movimentos de um boneco na neve, fechando e abrindo braços e pernas, deitado na cama.<br />
<br />
Tão incrível rir sozinha frente as mensagens inusitadas no celular, daqueles de quem se ama.<br />
<br />
Tão maravilhoso se emocionar com o próprio trabalho e poder se conectar com as lágrimas e sorrisos daqueles para quem e com quem se trabalha.<br />
<br />
É isso! Sem prisão, sem celas, sem clandestinidade, quero meu coração pulando do peito (como sempre), meu pulmão inflando com toda a força, meu sangue ardendo nas veias e meu cérebro pulsando mais rápido que a luz.<br />
<br />
Quero intimidade, calor, magnetismo, mistério, amor. Por que?<br />
<br />
Sem isso, prefiro a morte em lugar da institucionalização. Meu desejo é a minha vida, minha liberdade é o meu desejo. <br />
<br />
Minha emoção é tudo que tenho, o resto, o resto mesmo, são conexões, instituições...<br />
<br />
A vida é tão curta e tão hoje, desatei os nós... eles não me servem pra nada, eu não vivo em instituições.Claudia Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/15835524742834117463noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8492101543543985623.post-57321534808017744332011-03-11T01:02:00.005-03:002011-03-11T01:40:29.282-03:00Mulheres Vermelhas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgodKl7INaolHULyCw1dzyFmXIeaFkZRn-CjgdkeR7cqPOWDQxDgMA01PCCYpKFSbgNIxyBQvR0btAcxCgF7Fe25NEFs5sPHZc8ZOCZmHP61Ft0eS77ryGyRvAfsk-fI82joOH889Z62Nsn/s1600/rosa+vermelha.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" q6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgodKl7INaolHULyCw1dzyFmXIeaFkZRn-CjgdkeR7cqPOWDQxDgMA01PCCYpKFSbgNIxyBQvR0btAcxCgF7Fe25NEFs5sPHZc8ZOCZmHP61Ft0eS77ryGyRvAfsk-fI82joOH889Z62Nsn/s320/rosa+vermelha.jpg" width="320" /></a></div><br />
Pois é, em nome do Dia Internacional da Mulher, eu comecei a escrever um poema que tinha contido uma poesia, que emocionava e tocava a sensibilidade. Mas, quando comecei a escrever a estrofe que fazia referência as 130 mulheres que foram queimadas nesse dia, lutando por direitos humanos, mais especificamente pela redução da jornada de trabalho de 14 para 10 horas por dia de trabalho, pela equidade salarial em relação ao trabalhador homem e pelo direito a licença-maternidade, a poesia sucumbiu, eu me indignei (pra ser mais sincera eu me emputeci) e o que seria um poema certamente virou um editorial militante, bem vermelho, manchado do sangue derramado nessa luta.<br />
<br />
Nesse momento, lembrei-me que estou devendo um post para uma amiga, na verdade uma mulher guerreira que eu muito admiro. É certo que muitas das minhas amigas e clientes serão homenageadas e terão identificação com os temas abordados, certamente todas são minha fonte de inspiração, mas promessa é dívida e eu vou pagar o post que devo, principalmente porque renascer de um CTI, voltar a andar e retomar a vida plenamente é só para raras almas ou melhor, somente uma mulher vermelha é capaz disso. Eu devo esse presente a ela. Aliás eu devo esse post a todas as <span style="color: red;"><strong>MULHERES VERMELHAS</strong></span>, incluindo é claro, a minha mãe, minha primeira referência de mulher vermelha.<br />
<br />
Então, há alguns anos atrás, Karla (a mulher vermelha que renasceu e inspirou esse post) disse que as mulheres tem cores e que algumas são vermelhas e outras são rosas. Achei esse papo duca, muito interessante e pertinente. Entre umas cervejas e outras na época, ela contou-me que o desejo dela na verdade era dar origem a um livro, com esse título. Disse-lhe que escreveria para ela, aliás por todas nós esse seria um livro necessário. O livro ainda não saiu, mas o post, já está publicado. <br />
<br />
Bem, ela definiu a mulher rosa como aquela que se coloca quase (ou totalmente) de forma virginal, desprotegida, anunciando necessitar de cuidados e proteção, embrulhada num papel de florzinha com fita cor-de-rosa, algumas com pluminhas e paetês em cima. Elas choram quando querem algo, amansam a voz quando querem manipular uma situação, colocam o dedinho na boca e planejam estrategicamente com seu lápis cor-de-rosa as jogadas da vida, fazendo de cada pessoa e situação uma pecinha do seu quebra-cabeça. Elas são vítimas de tudo e é impressionante a insensibilidade dessas “almas sensíveis” no tocante ao sentimento alheio. Somente elas sofrem. Freud as chamaria de histéricas. Para elas sempre a redenção e para os outros o alçapão. Elas deveriam realizar uma himenoplastia (só que no cérebro) freqüentemente para, desta forma, operar plasticamente a reconstrução do seu cérebro para que ele se torne mais flexível, sem ficar preocupada com essa aparência “virginal/angelical” que faz questão de bancar. Certamente não era essa estirpe de mulher que estava contida na fábrica que foi incendiada no dia 8 de março de 1857, nos Estados Unidos, em Nova Iorque, quando foi carbonizada uma grande e poderosa amostra de mulheres vermelhas, que vieram para mudar o mundo e mudaram.<br />
<br />
A mulher vermelha não usa máscaras e rejeita platéias, ela aceita o progresso ao invés da perfeição, porque sabe que não é perfeita, porque se admite inacabada, ela é principalmente uma mulher resiliente, ela perde agora, renuncia aquilo que não for verdadeiro, mas não permite que a sua vida perca o sentido. Tal como se diz na física, ela é capaz de levar uma porrada imensa e continuar a existir em sua essência, sem se desintegrar, sem vender a alma para qualquer fdp ou qualquer causa indigna. Ela se parece com uma mola, mesmo sendo massacrada, retorna a sua forma inicial. Ela não abre mão da sua dignidade, ela tomba, claudica, se aperta e levanta pra recomeçar a luta, quantas vezes forem necessárias. As mulheres vermelhas se parecem com verdadeiras fênix, elas pegam fogo e renascem das próprias cinzas.<br />
<br />
Se por acaso a mulher vermelha for aniquilada, permanecerá viva na memória de todo um povo ou pelo menos do grupo a qual pertence, porque suas marcas estão contidas na história que construíram, como foi o caso de Madre Teresa de Calcutá, irmã Dorothy, Eva, Maria Madalena, as 130 operárias dessa fábrica e muitas, muitas outras grandes mulheres vermelhas anônimas, que devem ser homenageadas por nós todos os dias. Elas sim amamentam toda a ninhada de uma nação de idealismo, perseverança e muitas, muitas lições de força, generosidade, solidariedade e altruísmo, como muitas de nós fazemos em nossos pequenos territórios, simbólicos públicos com quem trabalhamos e pessoas do nosso entorno, das nossas relações, no cotidiano, a cada dia.<br />
<br />
Não há mulheres negras, amarelas, brancas. Há mulheres vermelhas e rosas. É a sua conduta, a sua atitude, a sua permissividade ou não em nome de abusos, prendas, ofertas indecorosas ou qualquer outra isca, que vai determinar a sua cor, que vai determinar quem é você, que tipo de mulher você deseja ser e como você deseja estar no mundo.<br />
<br />
A mulher vermelha não se vende, não se compra em lugar nenhum, ela é criativa, ela arruma as soluções para os seus perrengues, ela mantém a sua conexão com o seu lado selvagem, ela é mulher em suas múltiplas competências e assume também as suas diversas deficiências. Ela não quer viver de aparências, até porque sabe que o valor material um dia vai perecer e por isso a carne ela não quer enaltecer, embora os homens insistam nesse dilema. <br />
<br />
Aos homens que não entendem a diferença, façamos uma análise comparativa, eles querem a bunda durinha mas não querem o cérebro de amendoim. As mulheres vermelhas carregam o mundo, as mulheres cor-de-rosa querem ser carregadas. As mulheres vermelhas são sushi e sardinha frita no mesmo prato, plural, como comida à quilo. As mulheres rosas são sempre bibelôs enfeitando a estande. Eles querem o cérebro poderoso da mulher vermelha e o coração ardente e determinado, mas temem se relacionar com tanta intensidade. Eles são atraídos pela carcaça da mulher cor-de-rosa, pela sua dramaturgia, mas se decepcionam com a sua pseudofragilidade, dependência e falta de autenticidade . Óh homens, eles não sabem o que escolhem. Deixem que descubram aquilo que porventura os façam amadurecer em suas emoções. Deixem que descubram por si só, em suas próprias escolhas, nos efeitos dos seus corações. O Carnaval vai passar, o verão está por findar... sobrará o outono, depois o inverno, todo ano é assim... As peles das mulheres vermelhas e rosas estarão cobertas, só restarão a conversa, o bom vinho, o aconchego, a proximidade das almas, os programas onde os corações parecem ficar mais pertinho um do outro...<br />
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As mulheres vermelhas querem e lutam por verdadeiras causas na vida, elas são causas verdadeiras na vida de alguém e NÃO, apenas conquistas...Claudia Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/15835524742834117463noreply@blogger.com2